Em tempo

Mayra Gomes
Não é poesia
Published in
1 min readSep 24, 2020

O tempo passa rápido e devagar.
Ele voa. Ele se arrasta. Ele conta. Ele leva.
Nunca para.

Seu efeito? A pressa.

O alarme, o relógio, a contagem regressiva, o calendário.
Os aniversários, os feriados, as estações.
Os felizes anos novos, as datas, os planos para 5 anos
Os começos, os objetivos, as graduações, as rugas, os fins.
As alegrias, as dores, as datas de validade. Nossas datas de vencimento.

O tempo é um presente e uma maldição.
É desperdiçado. É sagrado. É dinheiro.
Nunca para.

Seu efeito? A pressa.

Contamos os segundos, os minutos, as horas.
Os dias, as semanas, as luas e os meses.
As estações, os anos, as décadas.
Os séculos, as eras, o passado.
Tudo isso não significa nada.
Pare de contar — ele continua da mesma forma.

Independentemente do nosso último suspiro
Sem pensar em nossos arrependimentos,
Ele nunca para.

Ignora nossos planos
Ignora nossa existência
Ele nunca para.

Mas quando chega a nossa hora,
O tempo, de repente, termina e continua da mesma forma.

Tradução por Nice Araujo

©Mayra Gomes. Todos os direitos reservados.

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