Carne em Oswald de Andrade: um furo no discurso psicanalítico
Alessandra Affortunati Martins
A Antropofagia é […] a única filosofia original brasileira e, sob alguns aspectos, o mais radical dos movimentos artísticos que produzimos.
Augusto de Campos
Cunhambebe tinha diante de si um grande cesto cheio de carne humana. Comia de uma perna, segurou-as frente à minha boca e perguntou se eu também queria comer. Respondi: Um animal irracional não come um outro igual a si, e um homem deveria comer um outro homem?”. Então ele mordeu e disse: “Jauára ichê. Sou onça. É gostoso.”
Hans Staden
Uma cena familiar de Oswald de Andrade, reconstituída por Felipe Augusto Vicari de Carli (2016), faz ressoar o trecho da segunda epígrafe. Em um ambiente burguês e muito religioso, que Oswald de Andrade qualifica como patriarcal, aparta-se o amor terno — dado a ele pelos pais — de suas descobertas lúbricas. No seio de uma família que “se alimentou e se manteve por algum tempo” do aluguel de escravos quando veio a São Paulo, suas lições mais precisas a respeito dos prazeres da carne vieram do copeiro negro João Justino da Conceição “- Eu sei como é que faz filho! Não é passarinho que traz, nem vem dou céu. O homem tira a coisa dele e põe na coisa da mulher e depois nasce a criança! […] Sai uma água grossa do homem e outra da mulher. É gostoso!” (Oswald, apud Vicari de Carli, 2016, pp. 290–1)
O diálogo entre Oswald (1950/1970) e o copeiro, bem como o espanto de Hans Staden diante de Cunhambebe indicam a importância da carne e as tentativas pueris de escondê-la nas civilizações de matriz europeia — colonizadas ou não. Ainda que tenha introduzido a força da sexualidade e do erotismo como parte dos pilares que sustentam a cultura ocidental, a psicanálise freudo-lacaniana também protagonizou uma forma de amainar a força da carne no interior desse repertório cultural. O conceito de sublimação está no cerne dessa estratégia escamoteadora. Essas duas passagens ressonantes — sexual e devorada — estremecem vertentes sublimatórias como vias mais satisfatórias tanto em termos libidinais, como em modelos civilizatórios. Ambas as imagens colocam em cena a carne, que entra na jogada contra prismas messiânicos e patriarcais.
Talvez a mais fina crítica aos limites dos moldes sublimatórios esteja em A crise da filosofia messiânica, de Oswald de Andrade (1950/1970). Ler o ensaio é uma experiência de vertigem. Se imagens pudessem representar a força do texto, teríamos diante dos olhos aquelas espécies de reprises aceleradas e alucinantes que em pouquíssimos minutos expõem os mais distantes acontecimentos da História. O ensaio foi apresentado por Oswald de Andrade em 1950, quando se candidatou a uma vaga para professor da Cadeira de Filosofia da Universidade de São Paulo. Esse adensado vertiginoso de ideias está longe de ser retrato de uma inconsistência. Bem ao contrário: essas intuições perpassam toda a obra oswaldiana como um programa filosófico e têm estofo ao revelar como a história do pensamento ocidental está em declínio ou, como sugere o título do ensaio, em crise.
Tal historiografia pulsante inicia-se com a transposição da ordem matriarcal e antropofágica para o sistema patriarcal e messiânico, ambos em situação de abalo na época em que redige o texto. O condensado de ideias, cujo recorte evidencia os fundamentos patriarcais no Ocidente, demonstra que, em certa medida, elas são uma construção ideológica para justificar a subdivisão de classes e a exploração do trabalho corpóreo de parte da humanidade.
Mas há ainda algo subjacente que talvez valesse a pena destacar, especialmente em relação à psicanálise: o imaginário europeu, construído para legitimar processos de colonização, desenhava o Outro como selvagem canibal. Com isso, justificava-se a domesticação de povos originários pelos europeus cristãos através de uma contenção da carne. Essa vertente da carne devorada, interpretada como selvageria das culturas ameríndias, também aparece como ponto cego da psicanálise. Vejamos como a antropofagia é sufocada pelo messianismo que enredou os ideários ocidentais e de que modo a psicanálise está igualmente imersa nessa lógica aversiva à carne. Dissolver essa visão do canibalismo selvagem pode ser a mais forte maneira de acrescentar elementos em um antídoto contra os repetidos genocídios de povos indígenas. Vejamos antes o diagnóstico específico da alergia à carne, identificada por Oswald de Andrade no edifício cultural europeu.
Tudo teria começado com o advento do sacerdócio, que introduz um viés discursivo messiânico nas estruturas sociais para dar suporte ao poder patriarcal. Na contracorrente, teríamos a antropofagia, modo de pensar contrário à moral messiânica jesuíta e colonizadora. Como explica Filipe Ceppas (2020), a antropofagia orienta as sociedades ameríndias e outras sociedades autárquicas, diferenciando-se das sociedades estatais hierárquicas. Nas sociedades autárquicas, a antropofagia ritualiza uma metafísica que pode ser compreendida em dois pilares centrais: 1) uma ontologia que dissolve a dicotomia “alma” e “corpo”; 2) o fato de que as relações entre os seres são sempre de aliança-inimizade. Tais princípios estão presentes, por exemplo, no ritual da antropofagia funerária com a ingestão de restos incinerados dos mortos misturados à comida. A ingestão das cinzas ocorre a fim de que a alma do parente morto não ameace a comunidade. O axioma oswaldiano “só a antropofagia nos une” carrega, portanto, uma literalidade carnal que coloca a mistura entre Eu-Outro nas entranhas do corpo. Tanto a antropofagia funerária como a guerreira (morte e devoração do cativo) estão fundadas nas cosmovisões ameríndias. Vida como devoração e incorporação da alteridade, eis o que está no horizonte antropofágico.
No esquema dialético mais difundido — tese, antítese e síntese –, Oswald coloca no primeiro termo o homem natural, no segundo o homem civilizado e, finalmente, no terceiro o homem natural tecnizado. O eixo divisor de águas entre o primeiro e o segundo termos estaria na passagem do Matriarcado ao Patriarcado, sendo a linhagem matriarcal própria aos povos originários, ao passo que a patriarcal estruturaria as sociedades tidas como civilizadas. Em suma, à cultura antropofágica opõe-se a messiânica, que subjaz grande parte de sistemas filosóficos seculares do Ocidente e a superestrutura político-econômica moderna.
“Vivemos em estado de negatividade, eis o real. Vivemos no segundo termo dialético da nossa equação fundamental” (Oswald, 1950/1970, p. 79). Embora Oswald não expresse as coisas exatamente dessa maneira, talvez não seja um disparate pensar que tal negatividade é exatamente a supressão da carne ou a incessante tentativa de fazê-lo nas elaborações que sustentam o Patriarcado na cultura ocidental. A questão que se coloca nesse ponto, então, é: como a psicanálise freudo-lacaniana operou no interior desse sufocamento da carne que teria ocorrido no Ocidente? Embora a resposta seja direta, ela exige alguns desdobramentos que a explicitem posteriormente. Como disse antes, foi o conceito de sublimação a amputar as vibrações da carne na psicanálise — desvios e mais desvios da meta sexual efetiva em nome de uma modulação compensatória para os prazeres carnais e de consolos para as feridas da carne em sua versão mortífera. Devorar o Outro não cabia em nenhuma articulação imaginária, embora a violência contra o Outro fosse muito mais feroz do que qualquer espécie de versão antropofágica de destruição.
Em uma contundente crítica a Freud, Oswald de Andrade (1970) denuncia os limites da psicanálise em seu Manifesto antropófago, de 1928. Ali, Oswald recusa a “sublimação do instinto sexual” e coloca em cena a “escala termométrica do instinto antropofágico”. Para ele, a história do homem vestido é uma involução entre espécies hominídeas. A antropofagia seria uma arma de guerra contra a dominação patriarcal, a culpa, os “males catequistas”, a “realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud” (Andrade, 1970, p. 18–9). Contra essa vertente sublimatória propõe a “revolução caraíba” ou o resgate da “idade de ouro da América”.
Vale dizer, que, ao contrário do Patriarcado, o Matriarcado sustentava-se em uma base tríplice: o filho de direito materno, a propriedade comum ao solo, o Estado sem classes, ou seja, a ausência de Estado. O filho de direito materno pertencia à comunidade e prescindia, por conseguinte, do Nome-do-Pai, que limita a inserção do sujeito à organização familial, fundada nos preceitos da herança e dos direitos à propriedade, inclusive dos filhos. Toda uma outra dinâmica onomástica apresenta-se entre os povos indígenas, jamais seguindo essa lógica. Como mostra Hans Staden, entre os Tupinambá, por exemplo, adquire-se nomes via inimigos: “A maior honra de um homem é capturar e matar muitos inimigos, recebendo um novo nome por cada novo inimigo morto. Ter muitos nomes significa ter matado muitos inimigos, o que consideram uma alta honra” (Staden apud Gonçalves, 1974, p. 172). Vê-se logo que na engrenagem ocidental o nome próprio, dado ao filho assim que ele nasce, já o inscreve na linhagem estrutural do Patriarcado que sustentará o Estado. Uma vez instaurado o Estado de classes, após a revolução patriarcal, uma classe se apoderara do poder e comanda as outras. Em A origem da família, da propriedade privada e do Estado, Friedrich Engels (1884/2010) mostra que a primeira divisão de classes é uma divisão sexual do trabalho. Seguindo as descobertas de Engels, Oswald formula:
Estabeleceu-se então a organização coercitiva que é o Estado, personificação do legal. Da validade do legal como legal, foi possível a transferência para o domínio do arbítrio de toda emanação de Direito. Passou a ser o Direito aquilo que negava pela coação, a própria natureza do homem. No longo desenvolvimento desse Direito que deu as leis do Patriarcado, o jusnaturalismo sempre reivindicou o seu papel de fonte natural e direta de justiça. Hoje, mais do que nunca, ele surge revigorado pela derrogação, lenta ou revolucionária das formas jurídicas patriarcais que são; o filho de direito paterno, a propriedade privada do solo e o Estado de classes. A ruptura histórica com o mundo matriarcal produziu-se quando o homem deixou de devorar o homem para fazê-lo seu escravo. (Oswald, 1950/1970, p. 80–1).
O que está em jogo com o advento do Estado é uma abstração dos corpos — o Estado, representado pelo rei, é a expressão de Deus na Terra, que ganha validade a partir da classe sacerdotal. A servidão de uma classe pela outra depende de um Ser Supremo, único, onipotente e distribuidor de recompensas e punições. Foi necessário anunciar a existência de uma outra vida no além para que o escravo suportasse sua condição subjugada. O código da servidão se institui pelo enaltecimento do trabalho, assim como a teoria messiânica instaura-se com a narrativa do pecado original e do resgate do perdão pela graça. Nas versões bíblica e helênica, ambas patriarcais, a Idade de Ouro, cantada mais tarde por Ovídio, é uma ode ao homem escravizado pelo Patriarcado. Na modernidade capitalista, a reforma protestante enfraquece a lógica sacerdotal e subsequentemente o dinheiro substitui a propriedade, abala os preceitos familiais e perfura o discurso messiânico. Entretanto, ainda estamos diante da abstração da carne e de uma rearticulação do Patriarcado — não é difícil reconhecer que segue em curso nas nossas vidas a tese de Walter Benjamin (2013) de que o capitalismo seria uma forma de religião, na qual os fiéis adoram o Deus-Capital.
Seja como for, quando nasce o Patriarcado o sacerdócio — cujo significado etimológico remete ao “ócio consagrado aos deuses” (Oswald, 1950/1970, p. 82) — se coloca no extremo oposto das carnes escravizadas e submetidas ao trabalho incessante. Longe de ser visto como pecado ou vício, o ócio era na Grécia clássica uma condição para que houvesse progresso das ciências e do pensamento. Do grego sxolé, ócio também desemboca na palavra escola. Nota-se como já nas sociedades da Antiguidade Clássica se estabelece a distinção entre trabalho manual e trabalho intelectual. Ociosos distanciavam-se do trabalho manual e ficavam livres para dedicarem-se à especulação que aprimorava o espírito.
O ócio está na base das religiões e demagogias, diz Oswald. Com a técnica moderna que iniciaria o terceiro movimento de sua dialética, o humano poderia finalmente abandonar sua condição de escravo para atingir outro estágio da Idade do Ócio. Nele, Oswald prevê um novo Matriarcado no qual a partilha do ócio poderá alcançar a todos. A metafísica do ócio seria aposentadoria. Com a queda do Patriarcado, a preguiça inata ganharia espaço, sendo esta a mãe da fantasia, da invenção e do amor. Será o fim da negatividade antitética que forma a civilização como contrária à natureza. Será a vez do Homo Ludens.
Enquanto no Matriarcado o fruto do amor pertence à coletividade, na segunda forma social, o matrimônio como sacramento variou como organização familiar, mas dessas variações esteve fora da jurisdição do pater famílias. O modelo romano de unidade entre servidão e culto, traduzido no axioma pater est quaem nuptiae aemonstrant, traz o nó do patriarcado que enreda a sucessão pela herança paterna e a acumulação da riqueza em mãos de um grupo que se forma enquanto classe.
Oswald (1950/1970) faz uma breve alusão a As estruturas elementares do parentesco, de Claude Lévi-Strauss (1949/2012), mostrando a dinâmica estrutural do Patriarcado pelo fenômeno primitivo da retribuição e da troca, sendo a mulher a dádiva mais valiosa nesse circuito. Como objeto na escravidão patriarcal, a mulher enlaça acordos e adquire valor no jogo de distribuições recíprocas entre homens que precisam da organização de serviços domésticos para a reprodução da vida.
Assim como Freud (1939/2014), Oswald considera que, no plano simbólico, a obra que expressa mais vigorosamente o arquétipo da passagem do Matriarcado para o Direito Paterno é Oréstia, de Ésquilo, também citada por Freud em O homem Moisés e a religião monoteísta. O julgamento de Orestes o liberta de seu crime matricida e a partir de então o julgamento diante de crimes passa a acontecer em uma nova forma de direito. Absolvido pela jurisdição implementada por Apolo e Athena, as fúrias perdem sua função e sujeitam-se às leis do Estado cujos fundamentos estão na sucessão do patrimônio aos filhos e em suas reivindicações.
Na modernidade, Freud (1900/2019) e Oswald também veem a expressão simbólica deste arranjo em Hamlet, de Shakespeare. A vingança contra a mãe adúltera contrasta com o modelo anterior de sociedade matriarcal, no qual o ato de amor não estava relacionado à reprodução da vida e à posse do filho herdeiro do patrimônio paterno. Essa dissociação de posses diluía o enredo dramático que se articula também em torno dos direitos do patriarcado sobre a mulher e sua existência amorosa. Com efeito, Hamlet é a reescrita dramática de Oréstia.
Esses arquétipos simbólicos, assim como outros, repetem-se há séculos, mas estariam numa iminência de fim com a técnica e o novo Matriarcado. Alguns outros modelos arquetípicos dessa linhagem são O trabalho e os dias, de Hesíodo, que se inicia com o imperativo: “Vai! Lembra-te sempre do meu conselho, trabalha!”. Na esfera intelectual, por sua vez, Sócrates é identificado como o responsável pela “petrificação intelectualista da filosofia escolástica” (Jaeger apud Oswald, 1950/1970), cujo esquema do perfeito bajulador, exaltado pelas classes dominadoras, conserva-o domado e satisfeito como escravo.
Não é o caso aqui de recuperar todas as figuras arquetípicas e eventos históricos que demonstram a tese oswaldiana. Trata-se antes de mostrar as reverberações de toda uma profunda cadeia que redundou no modelo patriarcal e que ainda se encontra bastante presente em Freud e Lacan, mesmo que ambos paradoxalmente tenham oferecido com a psicanálise também as ferramentas capazes de combater o que reiteram. Oswald, diversamente de Freud e Lacan, coloca a carne devorada no seio de seu pensamento, resistindo a qualquer deslize que conduziria a uma vertente messiânica e patriarcal.
Em sua surpreendente tese O tropo canibal: uma crítica psicossocial das fantasias coloniais da psicanálise, Marita Vyrgioti (2018) demonstra como a figura do canibal é o Outro da própria construção teórica psicanalítica freudiana. Seu trabalho explicita como a questão do tabu do incesto, colocada em Totem e tabu, foi uma forma de abafar que o Outro da civilização europeia era o canibal. Superando a etapa de devorar o Outro — que em Totem e tabu está encarnado na figura do Pai –, Freud institui uma aliança fraterna na qual a Lei substituiria o Pai primevo arbitrário. Entretanto, o gesto antropofágico fica relegado a uma ordenação social selvagem que teria sido superada. Nos estudos de Vyrgioti, porém, fica claro como questões em torno da alteridade e da raça ligam-se às imagens do canibalismo no interior da edificação teórico-clínica da psicanálise. Fantasias aterradoras do imaginário europeu sobre o Outro, fomentadas na representação feita por colonizadores de selvagens canibais, estariam, de acordo com a autora, no cerne da teoria psicanalítica, mas de maneira cega. O consumo de carne humana seria, então, um tropo racializado e sexualizado que ganhou destaque no interior de processos históricos de colonização europeia.
Em suma, o argumento do canibalismo ligado à selvageria tornou-se a principal ferramenta para a dominação europeia, que justificava a objetificação racial e sexual. A psicanálise não teria resistido a esse imaginário em suas concepções, reformulando tabus, recalques e sintomas condizentes com essa recusa em relação à incorporação do Outro.
Se de fato a psicanálise freudo-lacaniana inclui-se no segundo movimento da dialética oswaldiana e rechaça até apagar o viés antropofágico que nos constitui, não podemos ter receio de olhar atentamente para a complexidade de sociedades ameríndias e outras organizações autárquicas para estremecer edificações patriarcais que claramente têm levado o planeta para lugares abismais. Reconhecer a destruição devoradora como parte integrante das relações com a alteridade talvez evitasse a destruição de viés totalitário que pretende dizimar a natureza e parcelas inteiras da humanidade, como mais recentemente pudemos observar com a exploração do garimpo em terras amazônicas e com o genocídio dos Yanomami. Tal procedimento não é apenas um desvio, mas tem sido regra nas sociedades patriarcais.
Referências
Andrade, O. (1928) “Manifesto antropófago”. Do pau-brasil à antropofagia e às utopias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970.
_________ (1950) “A crise da filosofia messiânica”. Do pau-brasil à antropofagia e às utopias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970.
Benjamin, W. O capitalismo como religião. São Paulo: Boitempo, 2013.
Carli, F. A. V. O Matriarcado no programa antropofágico: Oswald de Andrade, leitor de Bachofen, Tese de doutorado. UFSC, 2016.
Engels, F. (1884). A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
Freud, S. (1900). A interpretação dos sonhos. Obras completas. Vol. 4. São Paulo: Companhia das letras, 2019.
________ (1914). Totem e tabu. Obras completas. Vol. 11. São Paulo: Companhia das letras, 2012.
________ (1939). Moisés e o monoteísmo. Obras completas. Vol. 19. São Paulo: Companhia das letras, 2018.
Gonçalves, M. A. “Os Nomes Próprios nas Sociedades Indígenas das Terras Baixas da América do Sul Rio de Janeiro”. In: Boletim informativo e bibliográfico de ciências sociais órgão da associação nacional de pós-graduação e pesquisa em ciências sociais, n. 33, 1º. Semestre de 1992, pp. 51–72.
Lévi-Strauss, C. (1949). As estruturas elementares do parentesco, Petrópolis: Editora Vozes, 2012.
Vyrgioti, M. The Cannibal Trope: A Psychosocial Critique of Psychoanalysis’ Colonial Fantasies. Tese de doutorado. Birkbeck, University of London, 2018.
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Alessandra Affortunati Martins é psicanalista, pesquisadora da Cátedra Edward Saïd (UNIFESP), colunista da Revista CULT, doutora em Psicologia Social e do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP), membra do Grupo de Trabalho em Filosofia e Psicanálise da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF, Brasil) e do Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas, (GEPEF, Brasil). Foi Gastwissenschaftlerin na ZfL-Berlin (Zentrum für Literatur-und Kulturforchung) e Honorary Researcher Fellow da Birkbeck, University of London. Realizou pós-doutorado em Filosofia e Psicanálise na FFLCH-USP. É autora de “O sensível e a abstração: três ensaios sobre o Moisés de Freud” (E-Galaxia, Coleção Peixe-elétrico ensaios/2020), de “Sublimação e Unheimliche” (Coleção Clínica Psicanalítica/Pearson, 2017), e coeditora de “Freud e o Patriarcado” (Hedra/FAPESP, 2020).
Projeto Pela Vida
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