Destiny — Rise of Iron

Mais do Mesmo

Bruno Deolindo
Na Moita
5 min readSep 22, 2016

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É senhores estamos ai novamente de volta ao Destiny da vida, do qual talvez nunca tenha saído de verdade, um jogo que é até meio difícil falar e analisar friamente pois envolve bastante coisa é inacreditável como um mero jogo de videogame mudou bastante coisa na minha vida pessoal, entre amizades, rotina e até escolhas, tudo por conta da ótima comunidade do jogo que chega até a certo ponto parecer religião mas é inegável que esse é o ponto alto do jogo da Bungie, conectividade, amizades e aventuras, mas como estamos falando de um jogo vou tentar avaliar o pouco que tenho jogado dessa nova expansão da forma mais unilateral possível, pois afinal de contas é só minha opinião.

E se é pra começar sejamos polêmicos logo, Rise of Iron é mais do mesmo e tipo isso não é ruim não a curto prazo pelo menos, a DLC traz muito da dinâmica que foi incluída na última expansão, Jornadas, um modo história novo e bem fraco por sinal, colecionáveis espalhados pela nova, gigante e bela área nova, uma nova zona social, trilha sonora épica como sempre, muitas armas e armaduras novas e alguns inimigos novos bem mais ou menos, além disso traz alguns elementos inéditos ao universo do jogo, porém mais focado no PVP, Mata-mata, Morre-morre, chame como quiser mas o modo Crisol nessa expansão recebeu um pouco de amor da Bungie, com vários mapas novos, um novo modo bem divertido de jogo e enfim as tão esperadas partidas privadas, pra atirar nos coleguinhas guardiões.

Falando mais especifico sobre o que tem nessa DLC já vou começar com o ponto mais fraco dessa expansão, a história, a campanha é bem ruim, curta com missões ridiculamente repetidas, pra ter ideia do quão repetida é tem uma missão que talvez seja igual a todas as outras DLC com novamente um lugar especifico sendo invadido/hackeado, 4 expansões e a segurança do lugar continua ruim, pelo menos a última missão é excelente e deixa um pouquinho de gosto na boca do que esperar da Raid, mas fora ela as outras missões são bem esquecíveis, sem nenhum personagem carismático, momentos importantes, “mortes” inesperadas, nada.

Outro ponto que faz com que não goste da historia dessa DLC é o pouco avanço do Lore do jogo, o universo que o jogo existe, muitos dos mistérios ventilados no passado do jogo continuam lá esquecidos pelos desenvolvedores enquanto na história do Orryx tivemos um preview de tudo que é possível no universo e que nos aguarda no futuro, com o resto das ameaças da qual O Viajante fugiu enfim chegando até nos, aqui a promessa de termos uma ideia de como eram as coisas antes da instituição da Cidadela, da Vanguarda e etc, ficou tudo na ilusão e pouco realmente nos é informado ou tem algum impacto significante até o momento.

Se por um lado a campanha é fraca as Jornadas são muito boas e mostram ter sido uma ótima adição da ultima expansão, por mais que algumas etapas sejam um verdadeiro porre de andar de um lado pro outro coletando itens, algumas side missions são bem bacanas de jogar e com um certo ar de saudosismo.

Como informei o jogo também possui algumas áreas novas, tal como o Pico de Felwinter, nova área social que lembra até uma cidade de Skyrim, fugindo do visual tech do jogo que é bem bonita e conta até com uma missão própria nada fácil por sinal. Além disso temos um novo mapa para explorar e como explorar, a Plagueland é gigante, por mais que alguns pontos pareçam gráficos meio reaproveitados, ela ainda é extremamente bonita, passando bem a situação que a história falha em informar de uma infestação no velho Cosmodromo, com muitos mistérios para explorar, itens para achar e eventos para realizar.

Os inimigos novas os Splicers são meio café com leite, nada incrivelmente irritantes como os Taken do Tio Orryx, com seus pogobols que te seguem até o inferno, hadoukens que cegam, escudos indestrutíveis nos snipers, nem nada apelativo assim, acabam meio que sendo só os bons e nem tão irritantes Decaidos com uma roupagem mais high tech e alguns pequenos truques novos, tipo atirar mais rápido e com cor diferente, no geral eles não trazem uma dinâmica nova aos confrontos.

Agora como falei o Crisol realmente recebeu um amor da Bungie, por mais que os servidores no geral continuem bem ruins, com aquele lag característico de qualquer partida, os novos mapas são bem bacanas, o novo modo de jogo Supremacy, que é o clássico Kill Confirmed dos Call of Duty da vida, caiu de forma bem legal no Crisol, fazendo cada kill ter um certo valor estratégico, já que pegar o engrama de um inimigo derrubado ou usar como armadilha para derrubar outros agora é uma opção válida. Outra forma de amor e até de retribuição aos fãs foi a enfim criação de partidas privadas, o poder que os players tanto pediam de organizar e definir as regras de suas próprias partidas com os amigos enfim foi liberado e digo é insanamente divertido jogar com pessoas conhecidas e aplicar aquele amigável T-Bag, agora vamos esperar que com a criação das partidas privadas e a inclusão de Destiny no cenário competitivo dos E-Sports com a entrada na MLG (Major League Gaming) também façam os servidores receberem um pouco de amor e até mais importante dinheiro da Bungie.

No geral como falei a expansão é boa, mais do mesmo de um dos jogos mais divertidos dos últimos anos, que tem uma das experiências mais épicas e gratificantes dos jogos que são as Raids, que mesmo não sendo aquela expansão revolucionaria como a última, traz um pouco e muito aguardado conteúdo novo para quem estava já meio desiludido e enjoado do mesmo conteúdo por um ano, porem agora é ver o quanto desse conteúdo ira se manter jogável com o tempo e mais ainda quando iremos ter novos conteúdos, já que infelizmente Destiny nos viciou de tal forma que qualquer novo conteúdo já é imensamente esperado.

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Bruno Deolindo
Na Moita

Um cara foda e humilde aos fins de semana andando por aí na rua da vida, enquanto escreve um pouco sobre o que o coração das cartas mandar.