Donald Trump

No We Can’t (Não nós não podemos)

Bruno Deolindo
Na Moita
3 min readNov 9, 2016

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Sinceramente nesse fatídico dia 09 de novembro de 2016 parece que atravessei algum portal interdimensional e fui parar numa realidade alternativa prevista pelos Simpsons, meio exagerado talvez mas é com essa incredulidade que acordei e vi as notícias de que Donald Trump havia sido eleito presidente dos Estados Unidos da América, de uma simples piada dos nossos parceiros amarelos para a realidade ou possível realidade, ainda me encontro confuso com tudo isso, mas de uma forma ou de outra aqui desse lado do portal Trump é o 45° Presidente.

Não que eu ache que Trump seja uma pessoa incapaz para dirigir um pais, afinal de contas ninguém se torna um empresário poderoso e rico sem ter capacidades, mas será que essas capacidades são o suficiente para comandar um pais? Por mais que exista todo um movimento em transformar ou idealizar os países como empresas eles não são, não tem como você demitir um cidadão do seu pais ou criar barreiras e rivalizar com o pais ao lado, não nesse mundo globalizado, nesse mundo globalizado países são integrados de diversas culturas diferentes e se aliam a outros países para buscar melhorias para a sociedade e o mundo, mas espera talvez até empresas hoje em dia sejam assim e busquem funcionários com vivencias e experiências diferentes para ter uma organização heterogênea e preparada para os mais inúmeros desafios ou se aliem a concorrentes no mercado para buscar melhorias para todo o setor, então até mesmo num discurso de um homem de negócios uma América forte unida e fechada não condiz nem dentro da visão de uma América como Empresa.

Se não tenho sérios problemas com a possível capacidade de Trump, tenho serias ressalvas com sua personalidade, claro alguns podem até citar que não convivo com o homem, talvez não saiba o que passa dentro do seu coraçãozinho, mas o que falamos diz muito sobre nós e define muito da nossa personalidade, principalmente para aqueles que temos pouco contato e essa tal persona do agora POTUS não é das melhores, esse ar de prepotência, machismo e xenofobismo que ele transpira, não pode ser levada de forma leviana muito menos aceita nos dias de hoje e ainda de uma figura pública e de uma importância mundial como ele tem agora, esses discursos de ódio, enérgicos, cheios de raiva atribuída e de prepotência muito se assemelha a de muitas outras figuras históricas uma até com um certo bigode ridículo.

Porém o problema não é só que o transpira, aparenta e pode até ser o cara e sim o que isso diz sobre sua sociedade, pois entendam os líderes são o espelho de sua sociedade, então por mais que muitos vão questionar, debater e espernear Dilma Rousseff era um espelho da sociedade brasileira, dislexia, permissiva e marota. Então isso deixa bem visível o real problema de um homem assim comandando a maior potência econômica do mundo, pois diz muito sobre como é essa potência e pior o quanto ela regrediu de 8 anos atrás ao eleger o primeiro presidente negro de sua história e demonstrando na época passos reais de mudanças, aceitação e união para o atual estado.

Sinceramente do outro lado do portal que eu vim não consigo enxergar o porquê dessa regressão nessa realidade, os governos de Obama e a figura que é Barry contrasta muito com tudo que é e representa Donald Trump, por mais que talvez os EUA não estivessem prontos a bater outro paradigma assim tão rápido de ter uma mulher como presidente da nação a alternativa não se mostra nem de longe confiável ou digna de representa-los e dar continuidade a toda o processo de mudança que passa os EUA, se por um momento fomos tomados mesmo a distância a acreditar no lema de que sim, nós podemos, mudar o mundo, guerrear menos, poluir menos, brincar mais e se unirmos mais, de início já temos como total contradição que não, nós não podemos, ficar sem guerrear em debates, que poluição não existe, que seriedade e postura é o mais importante e que não iremos nos unir e sim construiremos um muro.

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Bruno Deolindo
Na Moita

Um cara foda e humilde aos fins de semana andando por aí na rua da vida, enquanto escreve um pouco sobre o que o coração das cartas mandar.