Morre, com Bowie, a originalidade

Francine Oliveira
Nada Errado
Published in
2 min readJan 11, 2016

Nascido em 8 de janeiro de 1947, David Bowie não era somente um cantor, ator e produtor, mas uma verdadeira entidade pairando pela vida de qualquer um que goste de arte — música, cinema, moda, performance, drag, tudo tinha a influência de Bowie. Se não gostávamos diretamente de seu trabalho, com certeza nossos ídolos o tinham como inspiração, todos eles.

A afinidade com a música veio cedo: aos 12 anos, começou a tocar saxofone. Surgiu discretamente como artista, nos anos 1960, batalhando por sua carreira sem dispor dos aparatos tecnológicos hoje usados por qualquer artista. Seu primeiro single é de 1964, “Liza Jane/Louie Louie Go Home”, quando ele ainda usava o nome de Dave Jones with The King-Bees 7. Mas em 1969 finalmente chegou às paradas britânicas com a música “Space Oddity” (música que a BBC usou ao fazer a cobertura da chegada do homem à lua) e passou a consolidar seu mito — adotou o nome David Bowie para não ser confundido com Davy Jones, da banda Monkees.

Sem medo de experimentar, aparece em 1972 como Ziggy Stardust, um ser andrógino de outro planeta, lançando “Starman”. Experimentou também com o álbum Diamond Dogs, em 1974, uma pérola pré-punk caótica. Apenas em 1975 alcançaria sucesso nos Estados Unidos, com uma música composta em parceria com John Lennon, “Fame”.

É realmente impossível citar cada música marcante e cada parceria com esse artista que não pode ser definido de outra forma senão como gênio. Além da brilhante carreira musical, atuou em diversos filmes e reinventava sua figura periodicamente. Foi um dos primeiros a quebrar os tabus do gênero ao criar Ziggy Stardust e ao adotar a estética glam.

Apenas 4 dias atrás, no dia 7 de janeiro, Bowie lançou o vídeo de “Lazarus”, parte de seu aclamado CD Blackstar, considerado pelos críticos uma obra-prima.

Bowie deixa dois filhos, o cineasta Duncan Jones, filho de Angela Bowie, e Alexandria Zahra Jones, de 15 anos, filha que teve com a modelo Iman, sua esposa desde 1992.

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Francine Oliveira
Nada Errado

Doutore em Estudos Literários e pesquisadore de Estudos Queer e extrema direita. Tradutore, revisore e escritore.