“Love is the longing for the half of ourselves we have lost.” ― Milan Kundera

3:14

Amor. Essa desgraçada emoção que não serve para nada senão para dar dores de cabeça.

Tantas perguntas à volta de uma emoção que parece ser vital ao ser humano e da qual depende a sobrevivência da espécie.

É então seguro assumir que a sobrevivência dos seres humanos depende da perpetuação de ações estúpidas, como fugir de casa a meio da noite, faltar a aulas, gamar os nossos pais para pagar aquela prenda especial.

O grande problema da Humanidade no que toca ao amor é a religião. Como em tudo na vida, pelos vistos, a religião só serve para estragar algo que pode ser bonito.

Este que é, provavelmente, o mais importante sentimento do ser humano é há 2014, quase 2015, condicionado por um livro e um conjunto de leitores mais fangirls que as adolescentes que leram o Twilight. Tudo o que está naquele livro mítico, seja ele a Bíblia ou o Alcorão ou equivalentes, é lei para estes acéfalos.

Não estou a dizer que todos os religiosos são acéfalos acríticos, apenas uma grande parte. E no que toca ao amor… Se o livro diz que no início havia um homem e uma mulher então é assim que as relações têm de ser! Nem há cá discussão. Que se lixem os filhos ou netos de Adão e Eva que eram, provavelmente, gays ou bissexuais.

A verdadeira atitude de FUCK AAAALLLLL que os religiosos têm e que vai contra um dos princípios mais básicos da noção de religião mas que estes se negam a reconhecer. Que se há de fazer?

De volta ao amor, uma dor de cabeça. Ou coração. Ou é porque não sabemos se a outra pessoa gosta de nós, ou é porque não sabemos se vai durar para sempre, ou é porque não podemos estar com a outra pessoa, ou é porque sabe-se lá o quê. Alguma coisa é de certeza!

Mas é o amor para sempre? Eu acho que não mas como sou um prodígio tudo para mim é ciência e o amor nada mais é que o nosso cérebro a libertar hormonas e como é impossível o nosso cérebro passar a vida inteira a libertar hormonas específicas do amor, este não pode ser eterno. Pode ter durações e pela mesma pessoa, mas não para sempre.

Já são demasiadas as noites em que acordo às 3:14 para pensar sobre o amor. Chega, vou dormir.

-Colin DeSingleton