Rastros 2028: meu início como programador — Diário de um Dev #01

Lucas Matheus
NAVE Recife
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4 min readFeb 20, 2021

Primeiramente, gostaria de salientar que o Rastros 2028 foi um projeto em grupo realizado no final de meu primeiro ano estudando na ETE Cícero Dias, onde temos dois cursos técnicos (Multimídia e Programação de Jogos Digitais).

PS.: atualmente estou cursando meu terceiro ano, em Programação de Jogos Digitais.

De onde surgiu a ideia?

Assim como eu disse, na ETE Cícero Dias, existem dois cursos técnicos, sendo duas turmas de cada. Cada turma é dividida em alguns times (equipes que trabalharão juntas durante o ano letivo), que eventualmente se unem com os times de outra turma (ficando assim, um time de multimídia e outro de programação).

Bem, no início do quarto bimestre, cada grupo sorteava um jogo de tabuleiro (bem antigo e desconhecido), para desenvolver uma versão digital do mesmo, com uma arte que mais tarde seria escolhida. Então, os dois grupos (programação e multimídia) que tirassem o mesmo jogo fariam juntos. Meu grupo tirou o jogo Rastros (que apesar de desconhecido, é SUPER divertido, sério mesmo).

O Início do Desenvolvimento

Assim que descobrimos sobre o Rastros toda a equipe se empolgou, uma vez que o jogo é simples e divertido. Então começamos a estudar e pensar como colocaríamos em prática nosso conhecimento (até então recém adquirido) de Lógica de Programação e WindowsForms (que cá entre nós, é chatinho). E foi nesse momento, em que pensávamos como tornar tudo aquilo realidade, que chegou a equipe de multimídia nos avisando que o estilo de arte sorteada foi Cyberpunk.

Período de Desenvolvimento

Por mais que o jogo em si fosse simples, as duas equipes tiveram grandes desafios. A equipe de multimídia tentando criar uma arte bonita e atrativa, enquanto nós (da programação) tentávamos mil e uma coisas (além de criar a peça rastro, pesquisamos bastante sobre música), com o material do colégio, já que os demais integrantes não tinham computador em casa, para o desenvolvimento. Uma coisa que nos ajudou bastante, na hora do desenvolvimento, foi a organização, uma vez que cada integrante teve um papel fundamental.

O Dia da Entrega

Após aproximadamente um mês de desenvolvimento, chegou o Grande Dia. Por mais que nós houvéssemos concluído o jogo dias antes da entrega, estávamos todos ansiosos. Eu estava tão preocupado, que levei o meu próprio notebook na mochila, caso o jogo tivesse algum bug estranho, no computador do professor. Dito e feito, o jogo não quis funcionar no computador dele, e foi então que eu descobri a famosa frase “na minha máquina funciona”. Então nós apresentamos o processo de produção através de slides, e depois mostramos o jogo em si (pelo meu notebook). Os professores gostaram bastante e conseguimos ótimas notas, além de alguns elogios. O resultado foi muito bom, e todos estavam satisfeitos, mas algo me inquietava. Existiam bugs no jogo. E assim que entramos de férias, eu tive como missão pessoal corrigir. E foi ali, nas férias, que eu descobri algo que mudaria minha vida, o Anima Recife.

Anima Recife

No comecinho de janeiro de 2020, quando estava de férias, eu vi uma postagem no Classroom (plataforma por onde o colégio divulgava avisos e postava atividades), falando sobre uma espécie de seleção, onde alguns jogos seriam expostos, durante o Anima Recife. Foi nesse momento que eu disse “é isso”. Tentei entrar em contato com a equipe, mas só consegui falar com uma das meninas de multimídia, Clara. Então começamos as melhorias. Foram duas semanas de bastante esforço. Enviamos o jogo, fizemos um trailer… No dia do resultado, esperamos atentos, por uma ligação ou e-mail. Mas nada, nenhuma comunicação. Dois dias depois, quando estávamos frustrados, por assim dizer, recebo a ligação de Clara, quase chorando. Ela dizia “Vamos lá, O Rastros conseguiu!”.

Após mais umas duas semanas, chegou o dia. E foi INCRÍVEL. Não só o Networking (a troca de ideias) com outras pessoas mais experientes na área, mas o sentimento de dever cumprido, ver a diversão e competição que nós conseguimos levar para aquelas pessoas. Foi surreal.

Aprendizado/Moral da História

Quando você se esforça e dá seu melhor, você pode transformar algo simples em uma grande oportunidade. E por menor que sejam, essas oportunidades, elas ensinam e nos faz crescer muito. Foi lá, numa madrugada aleatória, trabalhando no Rastros, que eu tive a certeza. A certeza que eu sou um programador.

Agradecimentos

Eu gostaria de agradecer, tanto a equipe de programação (Ângelo Franco, Caio Schmidt, Ozias Gomes e Wesley Oliveira) quanto à de Multimídia (Allany Dias, Clara Dutra, Heloísa Galvão e Stephanie Leticia).

Acho relevante agradecer também ao meu professor, Erick Simões, já que eu não estaria aqui escrevendo, se não tivesse sido impulsionado pelos seus artigos.

Obrigado por ler esse pequeno artigo. Caso não tenha vindo pelo meu portfólio, dá uma passada lá.

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Lucas Matheus
NAVE Recife

Eis que um nerd, amante de café e aprendiz da arte de codar decide escrever… O que pode dar errado????