Resistência Futebol Clube

Por Camila Damasceno, Gal De Sordi e Wander Rocha

Nitro
ND#10
3 min readApr 24, 2017

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Hoje é 6x0 fora o show.

O segredo é a fé. No retorno à elite do futebol nacional ou no primeiro título em mais de 100 anos.

Rivais no futebol, irmãos na resistência. Os dois clubes campineiros, que ostentam duas das maiores torcidas do interior de São Paulo, entendem bem o que é resistir.

Saudações à coletividade Bugrina

Unhas pintadas de verde e branco, anéis, pulseiras e a contabilidade nas mãos. Tia Tânia corre de um lado pro outro, organizando a saída da torcida pro jogo de logo mais.

“Hoje eu quero um gol olímpico!”.

Junta, corre, posa pra foto, telefona, anda de um lado pro outro, pergunta as horas. É hora de partir. A caravana da Tia Vânia parte rumo a Batatais. Três horas e meia de Rodovia Anhanguera, resistindo na Rota do Diabo Velho.

Macaca Querida

Os restos da festa ainda estão pelo chão. Os sacos de lixo empilhados denunciam que o fluxo de gente foi grande. Um telão, do lado de fora do Majestoso, transmitiu o jogo contra o Palmeiras na noite passada: o último desafio da Macaca rumo às finais do estadual.

“Eu quero que o São Paulo perca, que é pra Ponte atropelar o Corinthians mais uma vez”.

Se a profecia se concretizar, será reeditada a final de 1977 e exatos quarenta anos depois, a Ponte Preta terá a chance de conquistar seu primeiro título.

Tremulam as bandeiras, se agitam as camisas.

O Futebol de Campinas resiste.

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