O que você precisa saber sobre as fases de desenvolvimento de um produto?

Rafael Orivaldo Lessa
Neoway Labs | Tech
6 min readAug 11, 2022

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Quais as fases e métricas que definem o sucesso de POC, MVP, Soft Launch e Hard Launch

parou para pensar no seu produto favorito? Pode ser seu aplicativo mais usado, um dispositivo eletrônico ou mesmo uma simples comida que abre o apetite só de pensar. Se alguma coisa já atraiu seu pensamento, tente imaginar como foi que os desenvolvedores desse produto chegaram ao resultado que você tanto gosta.

Dá para apostar que uma boa parte das pessoas que fez esse exercício, pensou em algo desenvolvido pela Apple. Pegando carona nesse gancho, dá para lembrar uma das frases mais famosas de Steve Jobs.

O cofundador da marca dizia que a maioria das pessoas comete o erro de pensar que design é só a aparência. Na realidade, “design é como ele [o produto] funciona.”

O motivo dessa introdução tão longa é apresentar o tema e alguns dos conceitos que vamos abordar na postagem de hoje: quais são as etapas, processos e aprendizados que podem ser compartilhados para tirar uma ideia de papel e transformá-la em um produto que entregue valor.

Vamos falar sobre as etapas essenciais no desenvolvimento de produtos: POC, MVP, Soft Lauch e Hard Launch e seus respectivos desdobramentos.

POC: o que afinal é uma prova de conceito?

Uma POC ou prova de conceito, na sigla em inglês, nada mais é do que uma evidência documentada de que o produto, serviço ou software — o que é mais comum no contexto da Neoway — pode ser bem-sucedido.

Nesse momento, é possível identificar possíveis erros e definir quais são os resultados esperados para aquele software. Além disso, uma POC pode e deve receber feedbacks internos e externos.

Por meio de testes é possível estressar um conceito, encontrar melhorias, corrigir erros e verificar se aquela ideia pode mesmo entregar algum valor para os potenciais clientes.

Vale lembrar que a ideia de prova de conceito pode ser usada em diferentes contextos:

  • Startups e empresas: diz respeito à viabilidade financeira de um produto ou projeto;
  • Desenvolvimento de software: diz respeito à viabilidade técnica de um programa, sem necessariamente se relacionar com o retorno financeiro.

No contexto de startups e empresas de tecnologia,uma prova de conceito pode ser realizada por meio de uma pesquisa sobre uma nova tecnologia para testar a sua viabilidade técnica, por exemplo.

Nesses casos, o objetivo está mais relacionado à viabilidade e a tentativa de validar que o conceito é realista, viável e relevante na prática.

MVP (Mínimo produto viável)

Bastante usado pelas startups, um MVP é uma versão inicial de um produto, seja ele digital ou não, que é utilizada para testes e para evoluir os conceitos que foram “provado” pela POC.

O MVP não tem nada a ver com entregar um produto mal feito antes de terminá-lo e jogá-lo definitivamente ao mercado. O MVP é aquela versão do produto que permite uma volta completa do ciclo construir-medir- aprender, com o mínimo de esforço e o menor tempo de desenvolvimento. Como a imagem a baixo:

Um dos grandes problemas nessa fase e da POC é não ter um e early adopter que ajude a evoluir o produto ou fazer o MVP sem que o cliente saiba que é um MVP.

Quando pensamos em MVP, tem alguns tipo que podem ser aplicados.

  • Teste Fumaça
  • Concierge
  • Mágico de Oz
  • Duplo/Teste AB
  • Protótipo de baixa resolução

Utilize essa etapa ideal para encontrar problemas do software e também de oferta, ticket médio e a proposta de GTM. Isso porque é o momento em que vários conceitos que foram pré-validados vão ter um teste de “vida real” por assim dizer. Um exemplo: não adianta criar a interface mais bonita de um aplicativo para realizar o streaming de música, se a sua programação não for capaz de processar o áudio com qualidade em diferentes velocidades de internet móvel.

Soft Launch

Depois de provar que seu conceito por ser executado e criar um mínimo produto viável — seja ele um software ou não — chega a hora de “colocar o produto na rua”. Mas, antes de investir em uma estratégia extensa de lançamento, várias empresas optam por realizar um soft lauch (ou abertura suave).

Para quem ficou com a pulga atrás da orelha com o termo, soft launch nada mais é do que uma versão prévia do produto que é oferecida para um público limitado antes de chegar ao público geral, nesta versão entende que tem que possuir as funcionalidades que possibilitem vendar o produto.

Essa versão inicial não necessariamente precisa ter todos os recursos que a empresa planejou. Assim, é possível que os clientes colaborem com feedbacks e as companhias podem estudar comportamentos para melhorias na experiência do cliente nas próximas versões.

O importante nesse momento é ter métricas determinadas e que sirvam de gatilhos para tomada de decisões em relação ao produto ou software.

Hard Launch

Já o hard launch é o lançamento oficial de um produto ou serviço. Aqui, não há espaço para bugs ou defeitos que prejudiquem de forma sensível a experiência do usuário. Até porque, em geral, esse tipo de anúncio é acompanhado de investimentos em marketing e comunicação.

Aberturas de lojas, apresentações de produtos, lançamentos de jogos ou a criação de grandes campanhas de marketing são todos exemplos de hard launch. O grande desafio dessa etapa é ter o produto ou software realmente pronto para atender os clientes.

Um exemplo de problema que acontece nesse momento é o time subestimar os resultados da campanha e não conseguir atender todos os clientes com o devido suporte, por exemplo.

Ou seja, a diferença entre soft e hard launch é o estado de desenvolvimento do seu software ou produto. Em ambos os casos, é essencial ter métricas e objetivos bem definidos e trabalhar com dados para entender o que pode ser considerado um sucesso no lançamento.

Pensando na lógica que apresentamos nos itens anteriores, a empresa que realizou uma campanha de financiamento coletivo ou criou um landing page (prova de conceito), criou uma primeira versão do produto para testes (MVP) e pode apresentá-la para um público que demonstrou interesse (soft launch) antes de levá-lo ao mercado de forma mais ampla (hard launch).

Hora de falar sobre métricas de lançamento

Quem chegou até aqui pode estar se perguntando a respeito de quais são os indicadores ou sinais de que seu produto está maduro o suficiente para as diferentes etapas de lançamento.

Algumas métricas e indicadores de performance podem ajudar na compreensão do comportamento dos clientes e definir qual o grau de maturidade do seu lançamento.

Quantidade de cadastros na LP de pré-lançamento: essa é uma das métricas ideias para quem está nas primeiras etapas do desenvolvimento de uma prova de conceito ou MVP porque mostra que há pessoas interessadas em pagar pelo seu produto.

Taxa de engajamento em redes sociais: outro ponto importante é entender qual é o público interessado no seu produto. As redes sociais podem ajudar nessa tarefa e, por isso, métricas como quantidade de seguidores, comentários e reações em postagens podem ser levadas em consideração na avaliação de maturidade do produto.

Número de assinantes (usuários pagantes): quantas pessoas estão efetivamente tirando dinheiro de seus bolsos para usar o seu produto ou serviço é uma métrica para lá de relevante em todas as etapas da vida de um produto. Basta lembrar o quanto empresas como a Netflix levam esses dados a sério em seus relatórios de resultados trimestrais.

Retenção de assinantes: tão importante quanto conquistar clientes é a sua capacidade de reter essas pessoas interessadas em seus produtos ou serviços. Uma métrica bastante associada com esse tipo de monitoramento é o chrun — a taxa com que a sua empresa perde receita ou clientes. Nesse caso, quanto menor for o número, melhor o seu resultado. Em especial, quando estamos falando da transição de soft para hard launch.

Receita: o quanto a sua empresa é capaz de faturar com seus produtos é uma das principais métricas para startups. Em especial, as receitas recorrentes, que permite realizar uma previsão de receita para que a empresa dimensione seus investimentos — evitando surpresas.

Existem outras métricas de produto que podem ser aplicadas, tais como:

  • SUS (Escala de Usabilidade do Sistema)
  • NPS (Net Promotion Score)
  • CES (Customer Effort Score)
  • CSAT (Customer Satisfaction Score)
  • CDBS (Customer data business score)
  • Customer Health Score
  • Lifetime Value
  • CAC (Custo de Aquisição do Cliente)
  • DAU/WAU/MAU (Usuários ativos Diariamente, Semanalmente, Mensalmente)
  • Retenção (CRC)
  • Logo Churn
  • Net Revenue Churn
  • Expansion

Escolha a métrica que de acordo com o seu produto, cliente e mercado alvo. Importante é sempre medir o sucesso e desenvolver o seu produto junto ao cliente.

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