Review — Fate/Stay night: unlimited blade works

Felipe Massahiro
Nerd / Articles
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3 min readJul 11, 2015

Fate/Stay night: unlimited blade works é a recontagem da série original Fate/Stay night de 2009. A nova versão unlimited blade works (UBW) oferece diversas recompensas para quem assistiu à série anterior, pois não apenas há diferenças nos acontecimentos, como também consegue completar o universo deixado por seu antecessor.

A primeira coisa que impressiona em UBW é a qualidade da animação. Não apenas o estilo é maravilhoso, digno de filmes, como a animação de combates e movimentação são incríveis. Outro elemento que complementa essa obra de arte são os efeitos de luz e sombra excelentes e os efeitos sonoros que são nada menos do que fantásticos.

Diferente da versão anterior, UBW dispões de mais episódios. Ao invés de 24, agora são 25 episódios com um prólogo de mais de 40 minutos, o primeiro episódio também acompanha o mesmo formato de mais de 40 minutos, fazendo com que a história fique ainda mais completa.

Essa recompensa da recontagem para quem assistiu a versão anterior está nos eventos. Muitos acontecimentos que aconteceram no anime de 2009 que pareceram sem sentido e com pouco impacto, em UBW ganharam nova vida, como o drama vivido por Illyasviel e seu servo Berseker. Essas mudanças trouxeram um ar inteiramente novo à série que agora possui como foco o relacionamento entre Rin e Shiro.

Com cenas de combate muito bem trabalhadas que fluem como um movie triple A, percebe-se claramente como a ufotable evoluiu na qualidade de seus animes. O ar único e hipnotizante de Kara no Kyoukai aparecem em muita da ambientação de UBW, por exemplo. Outra coisa é o storytelling que mistura um pouco desse mesmo estilo.

Mesmo com toda essa perfeição espantosa de UBW, a série não vem sem os seus defeitos. A relação de Shiro com Saber não é tão profunda quanto na versão de 2009, mas não chega a incomodar tanto, já que ainda existe uma ligação de amizade entre eles que fica implícita. Os personagens principais, agora voltados a Rin, Shiro e Archer, ganharam uma nova profundidade, ficaram muito mais ricos, em especial sobre o misterioso Archer, mas acabou deixando outros rasos. Tal sacríficio no histórico dos personagens não deixa de ser interessante. Por exemplo Illyasviel e Archer contam apenas com breves flashbacks, porém, em contrapartida, na versão passada havia bastante história por trás delas. Ainda que seja uma recontagem, senti um certo agrado por conhecer um pouco mais do que me foi apresentado no anime, o que pode ser um problema para quem assiste a série pela primeira vez.

A narrativa é um outro problema. Em sua maioria, os episódios desenrolam com um dinamismo surpreendente. Existe uma perfeição incrível na dosagem entre história, ação e drama, contudo esse ritmo não se mantém, principalmente nos episódios finais, em que os diálogos acabam excessivos na tentativa de explicar os conflitos de Archer e Shiro. Há alguns episódios com esse mesmo problema, mas nos momentos finais, essa parada brusca no fluxo da história, deixaram realmente a desejar, especialmente quando o texto, de tão pesado, ficou exagerado e repetitivo. Isso me decepcionou um pouco, mas não tirou minha vontade de continuar vendo até o desfecho, especialmente quando os cliffhangers conseguem cumprir seus papéis muito bem.

Outro show a parte é a música. Com a participação de Mashiro Ayano, LiSA, Aimer e, especialmente, o grupo Kalafina, Fate/Stay night: unlimited blade works possui uma trilha maravilhosa.

No geral, UBW traz uma nostalgia revigorada de um dos primeiros contatos que eu tive com o “kinokuniverse” que até hoje me fascina. Além de enriquecer esse universo, é gratificante reviver novos e velhos momentos com arte, música, animação e efeitos excelentes. Apesar de seus pontos negativos, seus diversos aspectos positivos mais do que compensam para dar um charme especial que complementa a série Fate/Stay.

Vale lembrar que UBW é baseado em um movie de mesmo nome e também foi ao ar no mesmo formato da série anterior Fate/Stay Zero, em 2 temporadas.

Para quem quiser, os serviços de streaming Crunchyroll, Aniplex, Hulu e Daisuki contam com ambas temporadas completas.

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Felipe Massahiro
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Jogador compulsivo, escritor obcecado, amante perturbado da literatura e jornalista de vez em quando.