CRASH BANDICOOT! — O marsupial voltou!
MEUS AMIGOS, FINALMENTE!!!!!!!! A ESPERA ACABOU!!!
(Eu nunca pensei que faria um post desses na minha vida e que esse jogo já estivesse no limbo junto com Megaman X para sempre— AINDA REZANDO PRA CAPCOM PERCEBER QUE MEGAMAN AINDA FAZ SUCESSO.)
Primeiramente, para começar esse review da trilogia remasterizada, tenho que focar num ponto onde eu estou vangloriando DEMAIS, e essa questão é: os gráficos.
MALUCO, tu viu os gráficos desse jogo? TÁ ABSURDAMENTE BONITO!
Em minha concepção, quando se era falado em “remake/remaster” de Crash Bandicoot me vinha uma linha tênue com dois extremos que poderiam simplesmente detonar a série e nosso grande mascote.
Os extremos seriam esses:
De um lado nós teríamos um jogo muito feio, muito mal feito e que LITERALMENTE tudo o que a Naughty Dog fez na trilogia original estaria com outra cara e, não sei, uma grande bola de um amontoado de coisas envolvendo tempo espaço e melecas (sacou a referência, Capitão?), ficaria com uma cara totalmente não-Crash, mas sim outro jogo.
E do outro lado teríamos um jogo com aquele gráfico à lá Battlefield 1 e que por ter um gráfico desse jeito, por transformarem algo cômico em algo “real”, ficaria um jogo onde o Crash mais pareceria um furby (ou talvez um Gremlin, se duvidar) e tudo ficaria muito cagado, a iluminação não combinaria, a física menos ainda e… enfim, um lixo!
MAS NÃO!!! A Vicarious Visions (produtora/estúdio responsável que trouxe de volta a vida nosso Bandiccot-não-Gremlin) fez um trabalho tão delicado, um trabalho tão “VISIONário” (eu tive que fazer essa piada, desculpa) que os gráficos, os shaders, a ambientação, a iluminação, a refração (SIM, ATÉ A REFRAÇÃO DA ÁGUA!!!) e até mesmo os modelos dos personagens e movimentação combinaram TÃO BEM que você se sente uma criança jogando novamente. É INSANO!!
A personalidade do Crash continuou intacta nesse remaster, mesmos olhões verdes, mesmas feições desajustadas e insanas, mesmos movimentos aleatórios e, claro, muita wumpa fruit!
Fora tudo isso, vem também, obviamente, a grande carga nostálgica. Já falei que você se sente uma criança jogando isso de novo, né? Pois é!
Estou jogando o remaster como eu jogava quando criança: de pé, pulando e grunhindo quando morria e de linguinha pra fora em momentos de tensão e aqueles olhos vidrados na TV (e digo que quando iniciei o jogo eu demorei pra sair do menu principal por conta das musiquinhas tema).
O único problema, até então, é que como a Vicarious teve que refazer o jogo do 0 — já que os códigos do original estão perdidos aí no tempo-espaço do Warped da vida (hehe) — alguns movimentos estão com uns delays.
Isso se deve ao fato da física utilizada — “pill collision” — pela engine Unity. Essa física consiste justamente em que o modelo programado esteja num formato de pílula, o que faz o jogador deslizar de beiradas mais facilmente nas aterrissagens.
Além de “jogar” o modelo mais pra frente ou para trás em beiradas, também estende o pulo dele. É como se você estivesse pulando no ar e escorregando numa casca de banana no final:
E é por isso que jogadores estão caindo matando dizendo que o jogo ficou EXTREMAMENTE MAIS DIFÍCIL QUE DARK SOULS, agora os pulos devem ser calculados certinhos se você quiser continuar vivendo (maldita fase chamada The High Road no Crash 1 — PONTE DOS INFERNOS!!!)
Quer saber de mais uma coisa legal também? Jogar com a Coco! A vida toda eu sempre me perguntei porque a Coco nunca teve um jogo dela ou uma participação mais aprofundada dela na série, até agora, só no Warped que dava pra jogar com ela e só em umas 3 ou 4 fases no máximo.
Em Crash n’ Sane Trilogy você pode jogar com ela em TODAS as fases (menos nas de boss — isso pelo menos no 1, não testei pra ver se no 2 e no 3 são a mesma coisa), e o modo de introdução dela nos jogos é mais legal ainda: ELA VIAJA NO TEMPO!
Digamos que o presente na linha do tempo dos jogos seja no Warped, então ela pega um dos portais e vai pros outros dois jogos no passado, não é a toa que aparece um lugar nos mapas do 1 e do 2 que é um portal do Warped:
O remaster já está fazendo tanto sucesso em vendas que a Activision e a Vicarious já falaram sobre possibilidades de trazer outros jogos da série de volta (E citaram o CTR — Crash Team Racing — como uma das principais escolhas). Me vem até uma lágrima de emoção só de imaginar que possivelmente o CTR e o Bash voltarão também! :^)
E apesar da nova dificuldade (que irrita muitas vezes, tenho dito, quase fiz um rage quit na The High Road), o jogo vale MUITO A PENA comprar, mesmo se você não chegou a jogar no PS1/PS2 ou não era da época em que ele foi lançado e teve seu auge. Esse remaster é literalmente uma porta de entrada e de uma volta triunfal de um personagem extremamente carismático e importante para a indústria de jogos (e pra Sony) que já estava esquecido no limbo (Aprendeu, Capcom?).