Vale a pena assistir Kingsman e o círculo de ouro?

Fernando Dupont
Nerd Broadcast
Published in
4 min readSep 29, 2017

..ou seria Kingsman e o Elton John de ouro?

Com altas doses de humor, fofura, emoção e ação, Kingsman agrada por sua narrativa que une cenas rápidas de pura ação, com um bom humor ácido, em um mundo de espionagem que deixaria James Bond com inveja. As cenas de ação ininterruptas, ponto alto do primeiro filme, agora se multiplicam durante todos os atos e cenas possíveis, o que enche os olhos de quem estiver assistindo. Porém, nem tudo são rosas, na ânsia de tentar surpreender e ser maior que o primeiro filme, Kingsman desliza na quantidade de personagens secundários (e porque não dizer em atores famosos) e no humor fora do tom em alguns momentos.

Nesta continuação da franquia, Eggsy (Taron Egerton) se vê em frente a um atentado direto a Kingsman, que destrói totalmente a estrutura da organização. A solução então é juntar as forças restantes e se aliar a outra organização secreta e até então desconhecida. Em busca da solução, conheceremos Whiskey (Pedro Pascal), Tequila (Channing Tatum), Ginger (Halle Berry), Champagne (Jeff Bridges), Poppy Adams (Julianne Moore) e Elton John (Sendo ele mesmo).

A ação sempre abraçada com o humor ácido de Kingsman, se une agora a crítica inteligente, que com cutucadas claras e pontuais em relação a guerra contra as drogas.

E se você que é fã da franquia e adorou a cena de ação que acontece dentro da igreja, fique feliz. Kingsman e o circulo dourado tem muitas cenas, curtas, porém similares, do começo ao fim. Muito bem construídas e produzidas, enchem os olhos e impressionam pelos movimentos, detalhes e momentos engraçados.

Apesar de multiplicadas, estas cenas não passam a impressão de ser algo forçado para gradar o público, elas começam a aparecer e a se encaixar de forma natural durante o decorrer da narrativa.

O que não é construído de forma natural, são os novos personagens e algumas piadas fora do tom. De forma breve podemos dizer que a cena de sexo, não foi nada divertida como a do primeiro filme, nesse caso alguns dirão que é machismo, outros mimimi, o fato é: cena desnecessária.

Com exceção dos agentes já conhecidos, os demais personagens tem um desenvolvimento raso e com pouca relevância. Como é o caso de Tequila (Channing Tatum) e Champagne (Jeff Bridges). Ambos aparecem pouco, saem de cena e retornam só para deixar em aberto uma continuação.

Poppy Adams também sofre com isso, uma vilã que começa de forma incrível, mas acaba por perder espaço e qualidade durante o filme, se tornando menor até mesmo que Charlie, seu braço direito (ops! desculpe o trocadilho). E Whiskey é um caso ainda mais complicado, pois ele tem uma grande participação no filme, porém sua motivação acaba sendo fraca e surge de forma aleatória no filme.

Ainda sim, devemos dar destaque a belíssima participação de Elton John! Isso mesmo, ele fazendo ele mesmo, nos diverte com muito humor, duplo sentido e uma ótima cena de luta que agrada, não pelos movimentos, mas pela surpresa. E devemos aplaudir de pé é participação de Lancelot (Mark Strong), agora com mais destaque, consegue roubar a cena de forma gloriosa.

Kingsman é um ótimo filme de comédia e ação. Divertido do começo ao fim, que agrada pelo humor ácido, diverte pelas cenas de ação e impressiona pelo universo construído. Apesar de falhar em tentar a todo custo ser maior que o primeiro filme, o que não conseguiu, Kingsman e o Circulo de Ouro cumpre as expectativas e deixa espaço para uma longínqua franquia.

Vale a pena assistir? Vale e muito. Assisti ontem a pré-estréia em IMAX, com convites do Cabify (Obrigado por isso). E reafirmo, vale muito a pena assistir!

E você, o que achou do filme? Comente aí!

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