A complexidade da interação e comunicação de um autista

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O TEA (transtorno do espectro autista) compromete a interação social e a comunicação social. A interação e a comunicação abrangem muitos pontos.

Com relação a interação social, autistas podem:

  • Ter preferência por interações um a um, tendo uma única amizade mais próxima.
  • Ficar confusos em eventos sociais com muitas pessoas. Ou preferir não ir a esses eventos.
  • Se sentirem sobrecarregados e precisarem de um tempo afastados dos estímulos sensoriais.
  • Precisarem de recursos que amenizem os efeitos dos estímulos (óculos, protetores etc).
  • Preferir conversar sobre seus interesses especiais (hiperfocos).
  • Geralmente não gostar de conversas fúteis (fofocas) que não possuem propósitos.
  • Não se adequar a pessoas da mesma idade. Preferindo pessoas mais velhas ou muito mais novas.
  • Ter um limite saudável de tempo para socializar. E ultrapassando esse limite podem precisar de um dia (ou mais) para curarem a “ressaca social” (exaustão).

E outras particularidades e limitações.

Já com relação à comunicação social, autistas podem ter condições associadas que os impeçam de desenvolver a fala e precisem de alternativas para a comunicação.

Entretanto, mesmo os que desenvolvem a fala podem ter dificuldade em se comunicar e se expressar. Boa parte dos autistas expressam mais facilmente seus sentimentos e pensamentos pela escrita.

Isso traz uma limitação em responder (com a fala) questionamentos pessoalmente, em ligações ou em chamadas de vídeo. Esses autistas precisam de um tempo maior para processar a informação, formular e emitir a resposta.

Quando não há esse tempo, pode ocorrer dele pensar e não conseguir emitir a resposta da forma que a outra pessoa entenda.

Muitos autistas podem deixar para completar a resposta após o fim do diálogo. Havendo um delay na emissão da resposta. Quando o autista pensa e não fala, fica remoendo esses pensamentos. O que pode trazer sofrimento.

Autistas podem falar pouco em muitas situações, não conseguir falar sobre suas emoções e ao mesmo tempo falar muito sobre seus interesses especiais.

E isso não é feito de propósito, são peculiaridades da condição.

Conheça, entenda, ame e respeite todos; inclusive os autistas.

Por: Larissa Matos — Instagram: @lari.biel.autistas

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Blog colaborativo criado para mostrar a realidade das mulheres neurodiversas — escrito por nós mesmas! neurodiversas@gmail.com