Ser autista ou ter autismo?

Neurodiversas
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2 min readJun 14, 2020

O autismo ou TEA é um “transtorno” neurológico caracterizado por comprometimento da interação e da comunicação social onde os indivíduos podem apresentar comportamentos restritivos e repetitivos. Essa é a descrição baseada na linguagem médica.

Perante a lei, o autista foi incluído na lista de deficientes e portanto possui os mesmos direitos. Para as pessoas que têm preconceito com o termo “deficiente”, sugiro ler sobre “modelo social de deficiência” e sobre neurodiversidade.

Em outras palavras, o autismo é uma condição de vida. Se envolve com as peculiaridades da nossa personalidade e nos traz habilidades e limitações.

Entretanto, esse texto não tem o objetivo de ser técnico. Então, quando ouvimos dizer que tal pessoa é “portadora de” ou tem autismo, soa como se essa pessoa pudesse deixar de ser autista ou “sair do espectro autista” como alguns dizem.

Como se o autismo fosse uma “mala” e pudesse ser deixado numa próxima estação. E não retrata a realidade, pois essa condição é para toda a vida.

Estamos em um espectro e podemos “andar” dentro dele (avançar ou regressar).

Temos características em comum que nos fazem estar em um mesmo espectro autista. Mas, no entanto, temos particularidades. Cada autista é único. Finalizando, entendemos que somos autistas e não que temos autismo ou TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Sejam bem-vindas e até a próxima leitura.

Por: Larissa Matos — Instagram: @lari.biel.autistas

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