Ser autista ou ter autismo?
O autismo ou TEA é um “transtorno” neurológico caracterizado por comprometimento da interação e da comunicação social onde os indivíduos podem apresentar comportamentos restritivos e repetitivos. Essa é a descrição baseada na linguagem médica.
Perante a lei, o autista foi incluído na lista de deficientes e portanto possui os mesmos direitos. Para as pessoas que têm preconceito com o termo “deficiente”, sugiro ler sobre “modelo social de deficiência” e sobre neurodiversidade.
Em outras palavras, o autismo é uma condição de vida. Se envolve com as peculiaridades da nossa personalidade e nos traz habilidades e limitações.
Entretanto, esse texto não tem o objetivo de ser técnico. Então, quando ouvimos dizer que tal pessoa é “portadora de” ou tem autismo, soa como se essa pessoa pudesse deixar de ser autista ou “sair do espectro autista” como alguns dizem.
Como se o autismo fosse uma “mala” e pudesse ser deixado numa próxima estação. E não retrata a realidade, pois essa condição é para toda a vida.
Estamos em um espectro e podemos “andar” dentro dele (avançar ou regressar).
Temos características em comum que nos fazem estar em um mesmo espectro autista. Mas, no entanto, temos particularidades. Cada autista é único. Finalizando, entendemos que somos autistas e não que temos autismo ou TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Sejam bem-vindas e até a próxima leitura.
Por: Larissa Matos — Instagram: @lari.biel.autistas