Mas afinal, o que é comunidade? — Parte 1

Entendendo as comunidades na prática empresarial

Mateus Cavalcanti
Neurolake Blog
6 min readJul 12, 2022

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Quando você pensa em comunidade, o que vem à sua mente?

Pesquisando em diversas fontes, podemos encontrar percepções muito diferentes sobre a definição de comunidade. Envolve agilidade? Gente e gestão? …RH? Que área é essa?

Calma, não é bem assim! Se pesquisarmos mais a fundo, veremos que comunidade fala de um agrupamento de pessoas, de união, proximidade e principalmente, de conexões. Do dicionário:

Estado ou qualidade das coisas materiais ou das noções abstratas comuns a diversos indivíduos; comunhão.

Concordância, concerto, harmonia.

Mas fora da teoria, no “mundo corporativo”, como que as comunidades funcionam?

O termo comunidade começou a ser usado em algumas estruturas empresariais, com o principal objetivo de cumprir um trabalho ativo realizado internamente e externamente às empresas. Esse entendimento de comunidade no mundo corporativo já não é de hoje. A noção de comunidade empresarial tem origem nas estratégias de Marketing de Comunidade, a partir do interesse pelo engajamento das pessoas e da construção do conjunto de valores da empresa.

O CMM (Community Maturity Model), criado em 2009, também nos explica um pouco melhor sobre quais as diferentes fases de um meio corporativo no modelo criado para comunidades empresariais.

Muitas empresas já utilizam diferentes exemplos de comunidade em seu meio. Recentemente, aplicando alguns desses conceitos e modelos já vistos, a Google também criou seu primeiro time de comunidade interna, durante o processo de adaptação ao trabalho remoto. Outras comunidades de startups, como a Manguez.al, já seguem um modelo mais orgânico e voluntário dos parceiros envolvidos, promovendo um ambiente de trocas e aprendizados.

E como é que essa atuação é feita no meio corporativo?

Comunidades são conexões entre as pessoas de maneira a impactar positivamente suas relações, vidas e resultados estratégicos de uma organização. O intuito sempre será ter os indivíduos como o centro dessa relação.

A área de comunidade pode atuar em atividades-meio, como agente facilitador de inovação, engajamento de colaboradores, melhorias organizacionais e bem-estar coletivo. Além disso, também pode atuar diretamente como atividade-fim, conectando-se com clientes e usuários de plataformas, por exemplo. Em ambos os casos, a comunidade precisa contribuir para os objetivos estratégicos da empresa.

O processo de gestão de comunidades empresariais pode parecer algo subjetivo para grande parte das pessoas, visto que sua disseminação vem ocorrendo nos últimos tempos. Ele é baseado em entregas parciais para que os resultados sejam cada vez mais evidenciados. Dessa forma, os resultados são potencializados sempre levando em consideração que as pessoas precisam estar comprometidas com o mesmo propósito e planejamento estratégico da empresa.

Comunidade não é apenas sobre dar suporte, é sobre realizar objetivos a longo prazo de maneira a promover um crescimento e engajamento orgânico dos seus colaboradores.

Então, como podemos utilizar essa área para alavancar resultados?

Entendendo como um time de comunidade interna atua

Toda essa prática necessita que as ações realizadas estejam vinculadas aos alvos estratégicos da empresa, como redução de churn (saída de clientes) e de turnover (saída de colaboradores), potencialização da cultura organizacional (internamente e externamente) e construção de um ambiente de confiança mútua. Cada ação em específico pode variar de acordo com a empresa e a proposta que foi definida para o objetivo da criação da comunidade. De todo modo, o sucesso das comunidades está relacionado à interação das pessoas e à construção da confiança e mobilização social entre elas.

Comunidade são conexões

Os atuantes de comunidade são como guias, criando uma ponte de realização entre as demandas internas e externas com as metas da empresa, de maneira colaborativa com seus stakeholders.

Agora que já deu pra entender um pouco mais sobre a atuação de comunidades no meio empresarial, que tal entendermos um pouco melhor essa realidade dentro da Neurotech?

O Porto Digital, situado no Recife, é um dos principais parques tecnológicos urbanos do país. Fazendo parte desse ecossistema, a Neurotech é uma empresa de tecnologia focada em resolver problemas de mercado a partir do uso da Inteligência Artificial.

O time interno de comunidade, chamado de “Neuroconecta”, liderado por Emidia Felipe tem promovido um ambiente de execução de estratégias, cocriação de soluções e nutrição da comunidade empresarial e das nossas diversas áreas. Uma dessas áreas é a diretoria de Novos Negócios, focada em abrir novas áreas de mercado para a Neurotech. Ela é responsável pelo amadurecimento da Plataforma Neurolake, nosso lago de dados que cria soluções em Big Data e Machine Learning.

Atuando nessa diretoria, o time da Comunidade Neurolake tem como missão aprimorar os processos desta plataforma trazendo otimização, visibilidade e provocações para melhorarmos e potencializarmos os resultados.

Conheça a Comunidade Neurolake

Internamente, apelidamos carinhosamente nosso time de “Íris”, em homenagem à deusa mensageira Íris da mitologia grega, já que nosso time tem como prioridade a excelência na comunicação.

Logomarca da Comunidade Neurolake ao centro

Nossa atuação tem foco nos 3 pilares principais:

Atuação na metodologia dos 3Ps

Nosso trabalho tem como principal agente a área de agilidade, na aplicação de metodologias como o Scrum e na utilização de ferramentas de comunidade em conjunto com os outros times do Neurolake. Além disso, os times de negócio da nossa área são grandes parceiros do Íris, de maneira que muitos processos e produtos já foram criados/melhorados.

Em particular, existe um case de sucesso recente que a Comunidade Neurolake promoveu e que gerou resultados bastante positivos. Você conhece a plataforma Notion?

Na segunda parte desse artigo, iremos descrever em detalhes todo processo de discovery de uma problemática interna e como o Íris foi capaz de trazer uma solução inovadora para dentro da Neurotech, criando um case de aprendizado e ensinamento. Será que esse case pode ser replicado externamente?

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