App de relacionamento na empresa. Pode?

Qual o impacto dos apps de relacionamento na empresa?

Equipe Hubblefy
Um novo jeito de se comunicar
3 min readJun 9, 2016

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É crescente o número de pessoas que usam ou já usaram um aplicativo de relacionamento. O mais famoso é, sem sombra de dúvida, o Tinder com o equivalente a 5% da população mundial utilizando.

Porém, ele não está sozinho, um concorrente tem chamado a atenção das pessoas: o francês Happn. Só na capital paulista já são 600 mil usuários, liderando o ranking global das cidades com mais usuários.

O principal diferencial é que ele exibe na timeline as pessoas que cruzaram com você na rua, ônibus, restaurante, academia, trabalho, enfim, todo mundo num raio de 250 metros que também estava com o app ativado.

A questão-chave é: pessoas do trabalho. Com esse volume enorme de gente usando o aplicativo, é certo que uma hora ou outra pessoas da mesma empresa vão dar “match!”. Principalmente aquelas com muitos funcionários jovens e solteiros.

Aí que está o perigo.

Imagine, por exemplo, a assistente de marketing vendo a foto do diretor financeiro no Happn. Ainda que não aconteça um “match!”, uma situação fora do comum aconteceu: a jovem já sabe que o tiozão está a procura de alguém.

Tente visualizar outra situação hipotética: o novo estagiário de TI e uma executiva de vendas dando “match!” e só descobrindo que ambos são da mesma empresa durante a paquera via app. Ou ainda pior: o estagiário sai contando pra todo mundo que a bonitona de vendas deu um “like” no perfil dele. Pronto! A rádio peão já tem assunto pra semana.

Vamos continuar imaginando…

O gerente de RH, um senhor de 45 anos, totalmente desligado de tecnologia, fica sabendo desse bafafá de maneira distorcida e conclui que está diante de um caso de assédio sexual. Então, abre-se um processo interno para investigar a situação. Que loucura! Até que explicar que focinho de porco não é tomada, o estrago já está feito.

Como evitar tais situações? E mais, será que isso se enquadram como assédio sexual? Lembrando que o “match!” só acontece quando ambos dão “like” um no perfil do outro.

Bem, como podem ver, não somos especialistas no assunto, mas certamente há muito a se discutir hoje, seja do ponto de vista de gestão de pessoas, seja do ponto de vista jurídico.

Já soubemos de pessoas nessa situação. Em um dos casos, elas decidiram não seguir adiante com o relacionamento, por outro lado, se tornaram colegas de trabalho mais próximos.

Noutro caso, a conversa pelo app foi decepcionante para uma das pessoas. Nada de grave aconteceu porque elas eram de departamentos sem relação direta, porém, ficou um climão. Hoje, os dois se cruzam pelos corredores como se nada tivesse acontecido.

Trata-se de um assunto delicado, pois a empresa não tem controle sobre esse tipo de relacionamento entre os funcionários. Elas nem sabem quem usa o app. E nem deveriam mesmo. Ou deveriam? É papel delas instruir seus funcionários a respeito? Como proceder em caso de “match!” entre eles?

As regras precisam estar claras.

A tecnologia evolui e o comportamento da sociedade também muda, logo, nosso estilo de gestão deve se adaptar às novas realidades. É preciso tratar o assunto nas empresas de forma leve, sem preconceitos e sem julgamentos.

Por equipe NewAgent.

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