As lições de Pokémon GO para engajar pessoas

Como podemos aplicar a lógica do sucesso de Pokémon GO para engajar as pessoas que trabalham aí com você.

Equipe Hubblefy
Um novo jeito de se comunicar
3 min readAug 5, 2016

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Estávamos em equipe refletindo sobre o sucesso de Pokémon GO, um jogo simples da ótica tecnológica que está arrastando multidões mundo afora, e sobre quais lições podemos tirar a respeito do engajamento de pessoas.

O psicólogo Andrew Przybylski, do Oxford Internet Institute, em entrevista à BBC, diz que são 3 os requisitos para o sucesso e viralização de um jogo: fazer o jogador sentir-se confiante, dar a ele a sensação de explorar algo novo e permitir que ele se conecte socialmente com outros jogadores.

Será que o caminho para termos uma equipe engajada ou até mesmo para automotivação está na gameficação?

Um livro famoso da área de administração, O Jogo do Trabalho de Charles A. Coonradt, faz um paralelo interessante entre a vida cotidiana e um jogo ou esporte que gostamos. O autor questiona por que suamos a camisa de graça num esporte ou jogo preferido, mas quando somos pagos para desempenhar uma tarefa que requer bem menos esforço fazemos corpo mole.

Para engajar as pessoas, assim como elas se engajam com um jogo, o seu ambiente de trabalho precisaria atender as seguintes premissas:

Fazer o jogador sentir-se confiante

Sentir-se confiante no que fazemos tem a ver com a visão de nossa condição frente ao trabalho que realizamos e as consequências no caso de falharmos.

Se, por exemplo, não possuímos as ferramentas, informações e apoio gerencial para aceitar determinados desafios, certamente não o faremos, ficaremos só no essencial.

Outro fator importante para nos sentirmos confiantes são as consequências de uma eventual falha nossa. Seremos rispidamente criticados, ridicularizados, diminuídos de alguma forma ou perderemos o emprego? Quanto menos a vontade nos sentimos em falhar, menos motivados somos a tentar.

Dar a sensação de explorar algo novo

Os jogadores de Pokémon GO não ficam na cama deitados, eles saem pelas ruas explorando as possibilidades do game. Assim também são os funcionários de uma empresa. Eles precisam ter um certo leque de escolhas na hora de fazer o seu trabalho. Ter possibilidade de fazer combinações diferentes, testá-las e ver o resultado.

No trabalho, se temos todos os caminhos já definidos e inegociáveis, que liberdade há para a inovação? Se temos alguém que nos dita todos os detalhes de como fazer e agir, porque vamos nos dar ao trabalho de trazer novidades se não temos abertura para tal?

Permitir que o jogador se conecte socialmente

É importante que no ambiente de trabalho as pessoas tenham a possibilidade de construir relacionamentos, pois a maior proximidade promove a troca de ideias e um consequente espírito de equipe.

Não à toa, o trabalho colaborativo tem ganhado os escritórios das empresas mais inovadoras. A tendência de salas sem divisórias veio para ficar.

Talvez o caminho para uma equipe motivada seja o mesmo de um jogo de sucesso. Porém, como vimos, se tal lógica for seguida, ainda teremos muito a aprender com Pokémon GO em relação a como as pessoas são engajadas. E quando combinado esses aprendizados a metas claras e alcançáveis — assim como na pontuação de um jogo — os gestores terão menos problemas com falta de inovação, prazos, atrasos, faltas, rotatividade, etc.

Por equipe NewAgent.

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