As redes sociais corporativas não decolaram

Apesar das boa proposta das redes sociais corporativas, a adesão das empresas foi mais difícil do que se esperava.

Equipe Hubblefy
Um novo jeito de se comunicar
2 min readOct 16, 2015

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A promessa das redes sociais corporativas é a de integração de equipes, engajamento de funcionários e a consequente promoção da colaboração. A aplicação deste conceito encontrou diversas turbulências que impediram as redes socais corporativas de voar alto.

É incontestável o sucesso das redes sociais na vida pessoal, ainda mais após a chegada dos smartphones. Elas basicamente reúnem pessoas em torno de interesses comuns, seja foto, vídeo, microblog, carreira, etc.

Já as redes sociais corporativas reúnem em uma plataforma online os funcionários, clientes, fornecedores e parceiros de negócios ou, em casos mais restritos, apenas os funcionários da empresa, sendo o interesse em comum a produção de conteúdos relacionados ao trabalho.

Entretanto, o plano de voo que visava tornar o ambiente empresarial mais propício à colaboração através do uso de redes sociais corporativas se mostrou fracassado principalmente por causa dos seguintes impedimentos:

A falta de uma diretriz geral

A ausência de uma definição clara por parte da direção das empresas a respeito do uso das redes sociais corporativas fez com que essas caíssem em desuso. Apenas com as iniciativas de alguns departamentos, grupos de trabalho, profissionais em projetos específicos, etc a adesão à rede não se expandiu para outros funcionários e departamentos, logo, sua aplicação não se sustentou, mantendo em toda a empresa o uso constante das ferramentas já conhecidas, como o e-mail, por exemplo.

Muita informação IRRELEVANTE

Em alguns departamentos o que realmente rendeu foi o bate-papo informal, uma espécie de automatização da famosa rádio-peão.

Os conflitos de visão entre gestores

Obviamente, o conflito de gerações que atuam na empresa se dá a respeito de diversos assuntos nas organizações, sendo as redes sociais corporativas apenas mais um deles.

A cultura empresarial

Às vezes a cultura empresarial não estava alinhada com o propósito das redes sociais corporativas, como, por exemplo, a integração de equipes, a flexibilização de hierarquias e o processo colaborativo.

O desconhecimento dos CEO’s

De acordo com dados de pesquisas, a maioria dos CEO’s globais não usam estas ferramentas ativamente em seu dia-a-dia e, por consequência, não teriam condições de abrir tal uso para dentro da empresa já que não dominam o assunto devido a sua ausência nas redes sociais pessoais.

Na prática, as redes sociais corporativas são voltadas ao indivíduo, estimulando sua interação com o ambiente empresarial, engajando e finalmente estimulando a produção de conteúdos nem sempre relevantes. Porém, após este processo, as informações por ele produzidas continuam dispersas e não são tratadas e nem retidas para a organização.

Para voar alto, o ideal é que se tenha uma rede não focada só na conexão dos indivíduos, mas principalmente nas informações produzidas por ele, constituindo assim uma rede de informações, assim como uma plataforma enterprise-BRAIN®.

Por Julio Vidotti e Thiago Gonçalves.

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