Cadê o CEO?

“Sou o CMO, temos o CTO, e o CEO. Mas nunca tivemos tempo para escrever nossos papéis.”

Equipe Hubblefy
Um novo jeito de se comunicar
3 min readJan 13, 2014

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“O nosso novo negócio nasceu. Já começamos a colher os primeiros resultados. E agora estamos enfrentando diversos novos desafios. Falta experiência no time, falta competência em determinados temas, mas na prática não estamos conseguindo criar um modelo organizacional que funcione. Ainda não temos um local único de trabalho, e alguns ainda tem seus trabalhos individuais para garantir o ganha pão do dia-a-dia, e por aí vai.

Definimos algumas funções para o nosso grupo. Hoje somos em três, mas com características e habilidades bastante distintas. Estamos buscando mais dois para complementar nossas competências e dando uma participação acionária a eles. Será que estamos no caminho correto? Discutimos muito e as vezes não conseguimos chegar a conclusões nem tomar decisões. Tivemos sessões de mentoria que foram fantásticas mas que não conseguimos implementar nada depois do que foi ouvido. Temos dificuldade de comunicação entre a equipe, e estamos toda hora reinventando a roda, ou lembrando de algo que já pensamos mas que não fizemos nada. Será que isto é fruto de que nosso CEO não tem algumas características que seriam fundamental para ele liderar o grupo? E quais os papéis de cada um? Sou o CMO, temos o CTO, e o CEO. Mas nunca tivemos tempo para escrever nossos papéis.”

Esta estorinha é muito comum de ser encontrada nas Startups após uma primeira fase de exaltação com o novo negócio.

É normal que o autor da ideia inovadora se considere o CEO da nova empresa embrionária. Mas muitas vezes ele não tem o perfil para levar o negócio adiante e nem a habilidade de liderança e a competência de gestão necessárias.

Encontramos projetos inovadores que muitas vezes esbarram neste desafio. O autor da ideia que se considera o CEO mas que não consegue se portar como tal, e não tem a humildade de observar que no time de empreendedores poderia encontrar alguém com mais talento que ele próprio para pilotar a startup. Quando se faz estas primeiras analises e se define quem fará o que, quais serão as responsabilidades de cada um, começa a ficar mais fácil esta identificação das competências necessárias para cada um, e talvez consiga-se desenvolve-las, ou remanejando-as entre o time de empreendedores.

A definição correta de quem tem o melhor perfil para ser o CEO se torna um pré-requisito para a evolução da empresa. Quando entrar um Grupo de Anjos ou VC normalmente este ponto é identificado recomendando-se uma tomada de decisão pré-investimento.

Lições desta estorinha:

  • O CEO precisa reunir todo tipo de informação, digeri-la, e publicar a quem de direito, compartilhando os conhecimentos necessários para que cada um possa desempenhar suas funções.
  • O CEO precisa orquestrar o plano acordado com os empreendedores, de forma a garantir que as ações de cada um estejam sincronizadas, respeitando o cronograma acordado.
  • O CEO precisa saber delegar, respeitando os estilos e lideranças de cada um. Também precisa puxar o comando quando perceber que os resultados esperados não estão a contento do que foi planejado.
  • É missão do CEO estabelecer uma cultura de comunicação organizacional apropriada, com ferramentas apropriadas e frequência estabelecida, estabelecendo os principais fluxos de informação necessários para a geração de negócios e toda a operação da empresa.

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