O legado e o inovador, o black e o roxinho

Nas organizações, muito se discute dedicar-se aquilo que é inovador, mas pouco se faz a respeito.

Equipe Hubblefy
Um novo jeito de se comunicar
2 min readMar 30, 2016

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Enfrentar sistemas legados e cultura organizacional antiquada é um grande desafio. Esse assunto veio à tona num almoço com uma gestora de processos financeiros de uma grande organização. Em boa parte do tempo, falamos sobre o quanto os legados barram a inovação, impedindo-a de se tornar realidade.

Ela me contou que criaram uma Diretoria de Inovação e blá blá blá… Mas desconfio que o máximo que eles conseguirão é ter alguma evolução em vez de uma inovação, pois estão presos ou viciados no passado. E a desculpa é sempre o legado, sejam os sistemas antigos ou os antigos clientes.

Quando eu disse que nem mesmo ela conseguiria realizar algo inovador, apesar de todo o seu conhecimento em processos bancários, ela teve a reação tradicional:

- Como assim? Claro que consigo. Eu penso fora da caixa!

Só pensar fora da caixa não é suficiente. Todo mundo diz estar fazendo isso, mas quem de fato inova? O desafio é executar fora da caixa. E sabemos que as organizações não facilitam a execução das novas ideias devido aos processos rígidos que fazem parte da cultura antiquada.

Confessei a ela que a cada dia me convenço mais de que as memórias viciantes do passado são um problema, pois não deixam os que trabalham em grandes organizações caminhar em direção à inovação. Assim como fumantes de longa data que, mesmo sendo constantemente avisados sobre os males do fumo, não conseguem deixar o vício.

Ao final do almoço, eu até a convidei a montar uma nova Startup comigo. E para celebrar com chave de ouro, olhem a foto do pagamento. Um cartão Black — provavelmente com um monte de sistemas legados por trás — e um cartão roxinho criado através de um App. Adivinhe qual era o dela e qual era o meu… hahahaha!

O inovador, o roxinho

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