Virei líder… e agora?!
Transição de carreira: de desenvolvedor para gestor de pessoas.
Contexto
Sou Engenheiro de Computação formado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME-RJ) e quase sempre trabalhei com desenvolvimento de software. Para quem já viveu isso, sabe como é prazeroso finalizar uma feature e vê-la funcionando; ou, quem sabe, encontrar a causa raiz de bugs e corrigi-la.
Recentemente tive a oportunidade de virar Tech Lead na Nexa Digital, uma empresa com o DNA de startup no mercado de Digital Health. Sendo a segunda vez que exerço um papel de liderança de pessoas, pude ter uma visão bem mais clara das emoções, dúvidas e incertezas que passam na cabeça de um desenvolvedor ao assumir tal papel. Dito isso… quero compartilhar com vocês minha experiência para tentar ajudar as pessoas que estejam passando por um momento similar, ou que queiram fazer tal transição no futuro.
O prazer na gestão
Até a primeira vez que assumi a posição de Tech Lead, na Chance, eu tinha como certo que a única coisa que me dava prazer profissional era desenvolver software — pensar em como construir novas features, como melhorar minha velocidade e entregar cada vez mais código rodando em produção, e coisas afim.
Na Chance, apliquei pela primeira vez a tão conhecida técnica do one-on-one (falaremos mais sobre isso num próximo post). Estava fazendo tudo quase como se estivesse escrevendo um programa: marcar os papos; seguir meu script de perguntas; de acordo com o que surgisse, pensar em ações para tentar melhorar o pontos levantados; e, por fim, revisar a evolução no papo seguinte. Tudo parecia ok, sob controle, mas eu tinha aquela profunda sensação de incerteza. “Será que o que estou fazendo é o correto? o suficiente? a melhor forma?”.
Seguindo sugestões, resolvi levar o questionamento para o time. Percebi como o time achava positivo e relevante fazer esses papos individuais. Era um momento onde a voz e as opiniões dos membros do time eram o assunto principal. O feedback que recebi do time foi tão positivo que o prazer que senti se igualou ao prazer que eu tinha no desenvolvimento de software. E quão grata foi essa surpresa para mim; algo que eu realmente não imaginava que poderia acontecer. Desse ponto em diante, passei a olhar a carreira de gestão de pessoas com olhos completamente novos.
Desenvolvimento pessoal
A partir da minha primeira experiência enquanto Tech Lead, passei a buscar várias formas de me desenvolver em gestão de pessoas. No início, me baseava nas orientações dos meus gestores diretos e mentores. Com o tempo, fui sentindo a necessidade de conteúdo um pouco mais formal para criar meus fundamentos; foi quando comecei a buscar livros e cursos sobre o assunto. Além disso, passei a conversar com pessoas de outras empresas para ter visões diferentes sobre o tema. Mas percebi algo muito importante: a prática era fundamental. A cada novo conceito ou ideia, eu tinha a oportunidade de aplicar com o time e coletar feedbacks sobre os resultados.
Livros
Abaixo seguem alguns dos principais livros que me ajudaram no papel de gestor. O grande diferencial desses livros é a pegada extremamente prática, uma notícia excelente para quem é engenheiro.
Futuro
Continuo minha jornada de conhecimento no mundo da gestão, sempre com uma pergunta muito clara na minha mente: como ajudar os times a terem cada vez mais impacto? Erros vão acontecer, dúvidas vão aparecer… e tudo bem! A dica maior é se cercar de pessoas inteligentes e interessadas com o seu desenvolvimento. Isso tem tornado o meu caminho mais tranquilo de ser trilhado, e tenho certeza que vai tornar o seu também.
Tem outras sugestões de livros, outras experiências, outras dicas? Compartilha com a gente nos comentários abaixo.
