Desde a explosão do Bitcoin, o Blockchain atraiu entusiastas e milhares de especialistas em todo o mundo. Mesmo com a fama, seus conceitos ainda não claros para muitos.
Os mecanismos que fundamentam o Blockchain são mais simples do que parecem à primeira vista. Veja como eles funcionam em quatro conceitos chaves que vão deixar a tecnologia muito mais acessível.
Blocos de dados
O nome Blockchain remete à estrutura de blocos encadeados que contém dados de qualquer tipo. Esses blocos funcionam como um registro de informações que podem ser acessadas e verificadas posteriormente por qualquer usuário para atestar sua confiabilidade.
Todo e qualquer tipo de informação pode ser guardada dentro dos blocos, como, por exemplo, prontuários médicos, documentos pessoais etc
Popularmente ele está associado ao armazenamento de transações financeiras à tecnologia pela popularização das Criptomoedas, entretanto, isso não é necessariamente verdade.
Rede de usuários
Essa estrutura é chamada de “descentralizada” pelo fato de que a rede funciona no padrão “ponta a ponta”, onde cada usuário atua como servidor.
Sistemas computacionais, em geral, funcionam com um servidor central. Mesmo quando fala-se no conceito de nuvem, há uma série de máquinas físicas que atendem remotamente a necessidade dos usuários.
Já no Blockchain não existe servidor principal responsável por armazenar a totalidade de informações, cada usuário conta com uma cópia de todos os dados disponíveis.Portanto Não é mais necessário uma mediação terceirizada que seja incumbida da tarefa de estocar todos os dados que já foram gerados em um dado sistema.
Assim, cada vez que algum dado for adicionado, alterado ou atualizado por alguém, os demais computadores da rede verificam aquela movimentação.
Quem está familiarizado com o uso de Torrents vai notar que o modelo de distribuição de rede é igual ao utilizado pelo Blockchain.
Assinatura Digital e Chaves de Usuário
Apesar de estar espalhado em milhares de máquinas pelo mundo, o Blockchain é uma solução extremamente segura por envolver criptografia e chaves de acesso únicas de cada usuário.
Um bloco, além de conter os dados, é composto também por um hash próprio e o hash do bloco anterior a ele. Já as transações são legitimadas a partir de uma assinatura digital que certifica sua autenticidade.
Na vida real um documento, por exemplo, é atestado a partir da assinatura do responsável. No mundo digital é possível gerar um conjunto de números que representam essa “assinatura digital” do usuário.
A assinatura é uma função definida a partir da mensagem a ser registrada no bloco e uma “chave secreta” que somente o usuário tem acesso. Uma vez gerada, é possível que todos os outros participantes da rede confirmem se ela é válida ou não.
A verificação desta é realizada por meio de uma função que é definida a partir da mensagem, da assinatura e de uma “chave pública” que é associada ao usuário. Se todos esses itens forem confirmados, a transação, registro ou alteração são aprovados e aquele bloco é verificado.
Hashs criptografados
Outro ponto fundamental do Blockchain são as hashs que fazem o link na cadeia de blocos.
Cada bloco possui um número que é chamado de “proof of work”. Essa sequência é transformada em um código criptografado a partir de uma função. O resultado é chamado de hash e fica associado publicamente ao bloco e será registrado no bloco seguinte.
Quando uma mudança for feita em um bloco, ele criará automaticamente um novo hash. Caso alguém tente realizar uma alteração fraudulenta, esse resultado não vai corresponder aos demais da sequência e, então, a mudança não será concluída por não haver verificação segura.
Esses são apenas alguns conceitos básicos sobre o funcionamento do Blockchain. Se interessou e quer se aprofundar mais? Este vídeo (em inglês) entra um pouco mais nesses mecanismos ajuda a entender a matemática que faz com que essa tecnologia seja considerada segura.
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