Transformação Digital em Mentes Analógicas

Luiz Carvalho
Nexo AI
Published in
3 min readFeb 4, 2019
Com a transformação digital profissionais precisam se reinventar e pensar fora da caixa | Imagem por Fishsnack @ Deviantart

Tecnologias emergentes quando apenas aplicadas na automatização de tarefas e/ou procedimento não são os conhecidos casos de transformação digital, mas sim uma modernização dos processos. A transformação digital acontece a partir do momento em que o mindset do usuário, do gestor e de todos aqueles que compõem o corpo de uma empresa, estiver voltado para o mundo fora da caixa em que vivemos.

Pensar fora da caixa é um exercício diário e deve ser feito sem medo. O medo reduz a capacidade criativa das pessoas no ambiente profissional e faz com que as soluções sejam cada vez mais voltadas para a automação do que para a quebra de paradigmas.

A educação deve ser o primeiro passo para ingressar com sucesso no universo digital. Essa transformação para mentes analógicas é uma tarefa que deve ser aplicada desde a escola com modelos de educação invertida, onde o professor não é mais o centro do saber, mas aquele que orienta o aluno na descoberta de novos caminhos e formas de cultura. Essa mudança acontece quando os modelos de educação trazem para alguém a capacidade de aprender de modo rápido e a disposição para encarar mudanças de mercado sócio-econômicas.

Hoje algumas escolas já estão preparando este grupo de agentes transformadores colocando matérias como empreendedorismo, lógica, robótica e linguagem de programação na grade curricular, além de trazer também, a cultura Maker para crianças, jovens e adolescentes.

Esse espaço de alunos influenciadores terá seus frutos colhidos muito em breve, já que, neste formato, eles adquirem um tipo de conhecimento que é amplamente voltado para o digital. Estamos falando de formadores de opiniões que sempre questionarão o porquê de se fazer algo antes de simplesmente dizer o que deve ser feito.

Essa cultura deve ser implantada também no ambiente corporativo. Logo, fomentar o compartilhamento do saber em reuniões multidisciplinares, onde pessoas de todos setores passem a apresentar suas dores para que juntos todos busquem uma solução. Esse é um caminho que, ainda que tardio, proporciona uma safra de profissionais que pensarão fora da caixa.

[…] Os gestores precisam entender que não são os donos do conhecimento, mas aqueles que, dada sua experiência e perfil estratégico, estimulam o senso de transformação e criatividade em seus colaboradores.

É preciso também transformar a grande camada de C Levels que, em boa parte, inibem os seus talentos de inovar. Assim como no novo modelo educacional, os gestores precisam entender que não são os donos do conhecimento, mas aqueles que, dada sua experiência e perfil estratégico, estimulam o senso de transformação e criatividade em seus colaboradores.

O erro é algo que deve acontecer na empresa do futuro. Mas, este precisa ser planejado e corrigido, porque é assim que surge boa parte das brilhantes e verdadeiras soluções de transformação digital. Afinal, é neste tipo de situação que mentes analógicas são desafiadas a pensar diferente. E, a partir deste novo modelo de pensamento, gera-se um processo criativo dentro das empresas fazendo com que as soluções propostas não sejam apenas para automatizar a execução de processos, mas que a partir de insights coletivos possam ser criadas soluções transformadoras que se adequem ao modelo de negócio, que evoluam com as mudanças econômicas e, principalmente, gerem resultados com a correta aplicação do conhecimento influenciado pelo alinhamento entre criatividade, tecnologia e informação.

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Luiz Carvalho
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Fundador & CTO da Nexo AI, pesquisador apaixonado por tecnologia e educação