Memórias póstumas de um sentimento
Talvez eu esteja perdido, ou apenas me encontrando em cantos que pensava não haver en(cantos) depois de ter me encontrado em um lugar que não sei como fui parar. E será que vale a pena ser chama para alguém que não quer se abrasado, e no final acabar me queimando comigo mesmo.
O tempo anda regrado regando pensamentos que já deveriam estar mortos, mas que ressuscitam ao lembrar de uma lembrança que não deveria ser lembrada.
O passado não tem educação de bater na porta, ele traz tudo que se foi e tudo que era pra ser, mas o destino não deixou acontecer.
Errei em correr atrás de alguém que um dia eu fugi, e agora antes de me encontrarem primeiramente me encontrarei, me encherei de mim mesmo para que me transbordem.
Cansei de empurrar a barriga contra um muro de facas invisíveis que no fim se revelaram. Me tocaram sem encostar em mim e hoje me pergunto: Quantas bocas você tem para me olhar, e quantos olhos para me devorar? Quantas mãos você tem para me chutar, e quantos pés você tem para me acariciar? Deixo as repostas para você.
Você me navegou e descobriu quem sou, mas se esqueceu de ancorar e me amar. Era para eu só ter colocado o pé no mar, mas eu me afoguei. Agora de braçada em braçada eu aprendo a nadar de novo.
O dificil não está sendo levar a vida, está sendo aceitar a vida que se leva depois de tanto estrago. O difícil é aceitar que lá não era o meu lugar, por mais que tudo tenha me feito acostumar. Mas eu tive que fazer o que era melhor pra mim, decidi partir.
