Apresentando a Sociedade de Visualização de Dados

Júlia Giannella
Nightingale
Published in
4 min readFeb 27, 2019

Nos últimos anos, a visualização de dados popularizou-se dramaticamente tornando-se mais comum em nossas experiência diárias. Nós a vemos em notícias jornalísticas, nas mídias sociais e, em muitos casos, no dia-a-dia de trabalho. O projeto e a implementação de visualizações de dados não caracterizam uma única profissão, mas são tarefas presentes no trabalho de engenheiros, analistas, vendedores, médicos, jornalistas, designers, estudantes, etc. Apesar de sua proeminência, a maioria dos recursos para aprender visualização de dados concentra-se em ferramentas ou aplicações particulares ou, ainda, limitam-se ao aperfeiçoamento de gráficos individuais não contemplando diretrizes gerais para o desenvolvimento de habilidades de visualização de dados de modo profissional.

Criamos a Sociedade de Visualização de Dados para enfrentar a falta de desenvolvimento profissional na área bem como para criar uma comunidade e um espaço em que seja possível aprender uns com os outros e com as diferenças. Ao fazê-lo, esperamos estabelecer diretrizes para o desenvolvimento profissional no sentido de apoiar tanto pessoas iniciantes na área de visualização de dados como aquelas com carreiras já estabelecidas no ramo.

A visualização de dados é parte integrante do trabalho realizado por um variado leque de profissões e, para outros, um passatempo divertido. Os profissionais que utilizam a visualização de dados em seu dia-a-dia são:

  • Especialistas, em tempo integral, em visualização de dados;
  • Engenheiros front-end
  • Engenheiros de software
  • Profissionais de design
  • Cientistas de dados / analistas
  • Acadêmicos
  • Jornalistas
  • Cientistas / pesquisadores
  • Artistas (Data art)
  • Aqueles que não empregam a visualização de dados profissionalmente, mas que criam pequenos projetos pessoais em seus tempos livres;
  • Talvez outros profissionais que não tenhamos pensado!

Estamos entusiasmados, acolhidos e encorajados por essa diversidade. Nosso objetivo é abordar a visualização profissional de dados de forma holística, sem restringi-la a um campo ou ferramenta. Isso nos permitirá uma contaminação positiva que permita aprender com os pontos fortes de cada abordagem contribuindo, em última análise, para o avanço da área.

A Sociedade de Visualização de Dados tem três objetivos:

  1. Um ambiente para promoção de um envolvimento construtivo entre os membros da comunidade em torno da discussão de questões mais amplas. Por exemplo, vamos utilizar o Slack, uma plataforma de chat, para oferecer aos membros a oportunidade de aprenderem e apoiarem uns aos outros, se engajarem criticamente, debaterem sobre tópicos atuais na área e mostrarem seus trabalhos. Tomaremos notas dos pontos mais relevantes levantados nessas discussões e os resumiremos regularmente nesta publicação.
  2. Um recurso para profissionais de visualização de dados, independentemente de praticarem visualização de dados há décadas ou há pouco tempo. Isso implica em ter um espaço central para: procurar e publicar oportunidades de emprego; buscar eventos de visualização de dados; realizar pesquisas sobre a área (como a Pesquisa Anual sobre Visualização de Dados que deixará de ser um projeto pessoal para tornar-se uma responsabilidade dessa sociedade); destacar concursos e premiações; e resumir informações mais importantes da pesquisa acadêmica e das tendências atuais na área de visualização de dados.
  3. Um motor para impulsionar a maturação e a profissionalização da visualização de dados. Tornar-se membro é, por enquanto, gratuito. Esperamos chegar ao ponto de oferecer suficiente valor que nos permita cobrar, em contrapartida, taxas de filiação para apoiar conferências e outras atividades de desenvolvimento profissional.

A Sociedade de Visualização de Dados foi fundada por Amy Cesal, Mollie Pettit e Elijah Meeks, pessoas com backgrounds muito diferentes: Mollie é freelancer na área de visualização de dados e possui conhecimento em ciência de dados, matemática e geociências. Amy é designer gráfica e apaixonou-se por visualização de dados durante um trabalho realizado em Washington DC junto com pesquisadores de uma organização sem fins lucrativos. Ela seguiu essa paixão e obteve um mestrado em Visualização da Informação na MICA. Elijah é engenheiro de visualização de dados no Vale do Silício. Todos os três concordam que a criação de um centro de gravidade fará avançar a área e a profissão.

Se isso te agrada e você sente desejo de participar dessa comunidade, sinta-se à vontade para tornar-se um membro. Se tiver ideias ou tempo para exercer um papel mais ativo, entre em contato conosco por e-mail, na seção de comentários desta página, ou no Twitter.

Este artigo foi traduzido por mim, @juliagiannella, e co-escrito por @amycesal, Mollie Pettit & @ElijahMeeks.

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Júlia Giannella
Nightingale

#dataviz and #HCI for knowledge discovery in #digitalCollections | Ph.D. student at @esdi_uerj, researcher at @visgraflab and curator at @datavizrio