Um plano para escrita

Elder Malaquias
Ninho de Escritores
3 min readJul 17, 2018
Fonte: Google

Hoje quero falar com vocês sobre um conselho que encontrei no livro O zen e Arte da Escrita de Ray Bradbury.

Vamos nos modos de Jack, por partes.

Primeiro você sabe quem é Ray? ele foi um escritor americano que atuou como romancista e contista primariamente de ficção-científica e fantasia (Valeu Wikipédia). Ele também escreveu em 1953 o livro FAHRENHEIT 451 que agora tem até um filme estrelado por Michael B. Jordan (Creed 2015).

Durante todo o livro nosso amigo Ray, fala da importância de se ter uma musa, da criatividade, da imaginação, da leitura, de revisitar histórias antigas (próprias e de outras pessoas), dentre tantas outras coisas.

Agora que já sabemos quem é Ray e do que fala o livro, vamos falar sobre o especificamente do artigo que nomeia o livro.

Nesse artigo ele exibe três letreiros em vermelho: TRABALHO, RELAXAMENTO E NÃO PENSE!

Segundo o autor a quantidade promove a qualidade, quantidade dá experiência, cita como exemplo os atletas profissionais que correm milhares de quilômetros todos os dias para no fim correr apenas alguns metros em uma prova, os cirurgiões praticam por diversas horas, dissecam diversos animais para aprender evitar tempo e resolver logo o problema, os artistas que também produzem muito para entender o que deve ser incluído ou não (usa como exemplo os esboços de Da Vinci).

Como poderia ser diferente então para o escritor?

Ele bola um plano e compartilha com o leitor:

“[…] mil ou duas mil palavras por dia pelos próximos vinte anos. No começo, é possível planejar terminar um conto curto por semana, cinquenta e dois contos por ano, durante cinco anos. Será preciso escrever e jogar fora ou botar fogo num monte de material até que você se sinta confortável nesse meio.”

Não irei aprofundar muito no texto em si (pois recomendo que se reserve um tempo para a leitura desse livro, não quero dar spoiler já que o livro só tem 97 páginas), mas quero falar desse plano que pode ser aplicado a nossa realidade.

Creio que mil ou duas mil palavras por dia é possível, entretanto em nossa rotina cansativa pode parecer um desafio e tanto. Por isso proponho menos, 250 a 500 palavras por dia, um conto de dois minutos por semana e após um mês dobra-se esse número, penso que dessa forma torna-se mais palatável.

Escreva sobre qualquer coisa, sobre o céu, sobre a cama, o sonho que você não entendeu, o amor de microssegundos vivido no ônibus, salte da cama e escreva sobre Júpiter ou se existe vida em Marte, 250 linhas por dia, penso que é possível e você?

Recomendo a leitura dos dois livros aqui citados. Boa leitura e principalmente boa escrita.

Gostou do texto? Deixe seus aplausos, eles vão de 1 a 50 (❤)

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Elder Malaquias
Ninho de Escritores

Escrevedor. Autor do Romance “Sob o Signo de Helena” disponível na Amazon| Instagram: @eldermalaquias