A origem No Barbante — As artes de André Bonani e coletivo oitentaedois
Oi, pessoal! Tudo bem?
Na reta final da nossa vaquinha em prol de A SELVA DO FUTEBOL, o primeiro livro da editora No Barbante, escrito por mim, Raul Andreucci e Tulio Kruse, e também em comemoração à primeira meta atingida, na segunda (uhu!), vamos contar um pouco mais da nossa caminhada (ainda curta, é bem verdade) até aqui. Quem não gosta de bastidores, né?
Como já escrevemos sobre a ponte entre os autores, a origem do conteúdo da obra inaugural, agora é a vez de entrar um pouco na arte. Para isso, convidamos o André Bonani e o pessoal do coletivo oitentaedois para comentarem a respeito da experiência e da parceria que estamos construindo desde o ano passado — e a quem somo gratos demais!
A bola está com eles!
https://benfeitoria.com/aselvadofutebol
Abraço de bola no barbante!
Raul Andreucci
André Bonani
Com três décadas nas costas, já vivi todo tipo de comoção a partir de uma simples partida de futebol: euforia, decepção, satisfação, raiva, resignação. Mas há um instante específico desse jogo que sempre me deixa particularmente comovido, um instante forjado na mais pura aliança entre engenho e espontaneidade, um instante cada vez mais raro, mas que me move a seguir acompanhando esse esporte: é aquele instante em que um, dois ou três jogadores, com um drible, uma finta de corpo, uma tabela ou uma trama de passes, clareiam o espaço do campo, suspendendo e desarmando a racionalidade de toda tática. É nesse instante de dança, de criatividade e de surpresa que reside o maior prazer que este jogo me proporciona: o prazer lúdico, o prazer estético, o prazer artístico. Para mim, A SELVA DO FUTEBOL é como um desses instantes. Viabilizar, no objeto livro, uma trama engenhosa entre futebol, política e artes gráficas foi a melhor maneira possível de retribuir ao jogo a sua generosidade, a generosidade de todos esses instantes que me alimentam o espírito há tantos anos.
coletivo oitentaedois
O logo foi pensado para funcionar junto com as ilustrações do André Bonani, como uma assinatura, um carimbo. Fizemos um trabalho colaborativo. Buscamos algo simples pra funcionar em vários suportes. O livro começou também com os desenhos dele. Foi tudo construído aos poucos e a muitas mãos. Tínhamos uma ideia geral do que seria, mas o projeto final saiu conforme chegavam as demandas da No Barbante. Curtimos demais produzir com a toda essa liberdade! Que venham os próximos!