A Rua ainda é o lugar mais legal da cidade

E se tem uma coisa que eu gosto de fazer é bater perna.

Eu não sei vocês, mas uma das coisas que me dá mais alegria na vida é poder sair de casa pra bater perna e encontrar algum rolê acontecendo na rua. Em um fim de semana qualquer no Centro de BH, posso colar no Viaduto e curtir o Duelo de MC’s, enquanto logo ali seguindo um pouco a Aarão Reis, alguma peça é apresentada no espanca! Caminhando um pouco mais, com sorte ainda vou dar de cara com a Praia da Estação acontecendo, tomar um banho de fonte e/ou caminhão pipa, e no fim do dia, ainda posso atravessar o túnel da Estação Central e subir as escadas para a rua Sapucaí para ver o sol se pondo à distância, na direção do Padre Eustáquio.

Fico feliz em perceber o quanto a minha relação com a rua mudou desde um passado não tão distante. Talvez tenha sido o Carnaval, e depois a Praia, o Duelo, o Bordello, e agora tantos rolês que me contemplam ao dar a rua o seu verdadeiro destino: ser um lugar de luta, questionamento, ocupação, resistência e claro, fervo.

Hoje, além de bater muita perna, também sou adepto do pedal. Comecei a descobrir uma outra cidade depois da bicicleta. Me sinto mais livre e curioso. Sempre que possível me proponho a explorar algum bairro que eu não conheço, pegar caminhos que nunca fiz e perceber coisas que nunca prestei atenção. De uma rua a outra os encontros acontecem.

Ainda há muito o que se ver além da bolha, e eu espero que os ventos a carreguem para cada vez mais lugares de BH que eu ainda não pude conhecer.

Para fortalecer aquilo em que a gente acredita é preciso presença, olhos e ouvidos atentos. Há muito o que se aprender pela cidade. É só sair por aí.

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Esse texto faz parte de uma série criada para apresentar as pessoas envolvidas no dia a dia do Nossa Grama Verde, movimento criado aqui em Belo Horizonte com a intenção de incentivar as pessoas a olharem com um olhar de abundância para a cidade em que vivemos. Pra conhecer mais, visite nosso canal no Medium enosso site. ❤