Olhar de turista pro dia a dia: como eu pratico Nossa Grama Verde

Sou muito curiosa e tenho formigamento por conhecer lugares novos, pessoas, rolês que nunca fui.

Bruna Viana
Nossa Grama Verde
2 min readMar 28, 2018

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Adoro me sentir turista na minha própria cidade. Acho que pra mim essa é a única forma de viver em qualquer lugar por algum tempo: fazer novas descobertas a cada dia, prestar atenção (de verdade) no que está ao meu redor.

Gosto de me deixar surpreender pelas raízes enormes de uma árvore que eu nunca tinha visto no caminho, uma placa engraçada (amo placas) ou uma lojinha de biscoito das antigas que eu nunca tinha reparado. Na correria do dia a dia, muitas vezes passamos batido por essas coisas — ainda mais se estamos sempre dentro do carro. Quando saio de bicicleta ou a pé me encontro mais frequentemente com essas pequenas alegrias.

Me encanta descobrir que mais pessoas estão criando projetos, movimentos, ocupando a cidade, se propondo a viver de formas não-óbvias. Tem tanta gente interessante por aí! Eu amo perceber o brilho que surge no olhar de alguém que conta estar fazendo um projeto que acredita. E adoro criar pontes entre pessoas.

Estou sempre indicando para amigos lugares novos que conheci e adoro receber indicações de lugares que eu nunca fui. Acho que, por tudo isso, com muita frequência me vejo anfitriando pessoas que vêm de fora para conhecer BH. Sinto uma vontade enorme de que a pessoa não saia daqui falando “Beagá é legal, fui na Savassi e no Mercado Central”. Eu adoro o Mercado Central — não posso dizer o mesmo da Savassi — mas nossa, tem tanta coisa além disso aqui.

Constantemente acabo criando roteiros para pessoas que acabei de conhecer ou fazendo uma curadoria de eventos que vão acontecer enquanto a pessoa está aqui, haha. Não é atoa que quero começar a fazer isso pelo Nossa Grama Verde.

Mesmo com esse gosto por sair dos meus lugares comuns, é claro que eu ainda tenho muito a conhecer aqui. E saber disso me move. Se você tem uma sugestão ou convite, me conta! :)

Foto do Carlos Queirozi.

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Outra prática que fortaleci muito depois de começar o Nossa Grama Verde foi consumir de iniciativas locais. Hoje em dia é raro eu comprar algo que não tenha sido feito por uma marca local. Criei um gosto enorme por conhecer as histórias das pessoas que estão por trás delas. Sobre isso eu já falei um pouco mais aqui no portal do GUAJA.

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Esse texto faz parte de uma série criada para apresentar as pessoas envolvidas no dia a dia do Nossa Grama Verde, movimento criado aqui em Belo Horizonte com a intenção de incentivar as pessoas a olharem com um olhar de abundância para a cidade em que vivemos. Pra conhecer mais, visite nosso canal no Medium enosso site. ❤

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Bruna Viana
Nossa Grama Verde

Me dedico a criar espaço e condições para as pessoas terem conversas que importam, consigam trabalhar em colaboração e resolver desafios juntas.