Caravana Passa Tempo

Entre Passa Tempo e Cachoeira dos Forros venham ver como NOSSA Caravana seguiu transbordando idealismo!

Poliana Araújo Guerra
Nossa Cidade
8 min readDec 24, 2018

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Titetê em NOSSA Caravana!

A POLIFONIA NOSSA DE CADA DIA!

Caros associados, queridos companheiros de causas, “cidadãos de nossos ideais”, amigos e colegas, venho aqui lhes trazer a narrativa das recentes andanças da Caravana Nossa Cidade em Passatempo e na Comunidade Quilombola Cachoeira dos Forros. Falei com alguns de vocês e me foram passados relatos tão pessoais, da relação de cada um com aquelas vivências que resolvi transformar o troço em um relato polifônico. Estou me repetindo nisto, eu sei, mas é porque estou gostando deste formato para NOSSOS olhares e descrições de fatos e fotos! NOSSOS, de Nossa Cidade; NOSSOS, idealistas; NOSSOS, plurais; NOSSOS coletivos! E não me preocupei em dar nome aos bois. Com isto, quero dizer que em alguns trechos seguem relatos de Passatempo e em outros da Comunidade Quilombola, sem identificar o que é de quem, de qual. Alguns estão sim separados, mas outros não.

eu, fragmentária, dou voz a vocês!

Desculpem o caráter polifônico, multifacetado e plural em demasia. Se ninguém conseguir ler, prometo que no próximo sai um texto bem formal e formatado segundo padrões de introdução, desenvolvimento e conclusão. Mas é que agora, de acordo aos relatos recebidos, estou descrevendo com o coração e seu compasso não tem ordem. Vai e vem nas ondas do sentir, da querência, e, em nosso caso, dos ideais!

Vamos tentar assim? Pois bem, a base de tudo é do Cláudio Casaccia. E daí que chamado a introduzir e fazer a estrutura de nossos relatos, também lhe botei as rédeas nas mãos para nos conduzir. Assim, Bianc, Mari, Orozco e Wander fazem comentários ocasionais em cima de sua percepção e descrição!

Com a palavra Nossa Cidade, via Cláudio!

PASSATEMPO E CACHOEIRA DOS FORROS, NOSSA CIDADE NA ESTRADA!

Escola Municipal Gabriel Andrade, em Passatempo, em expectativa!

Toda vez que ouvia falar da Caravana Nossa Cidade “cidadãos de nossos ideais”, me vinha a imagem, como se fosse um filme de Fellini, de um circo chegando num pequeno lugarejo, fazendo alarde, e a criançada toda correndo atrás do palhaço que puxa o cortejo. Mães, tias e avós saindo pra calçada para ver a novidade e cuidar das crianças. Era um fato novo naquela comunidade onde se tinha “a impressão de que nada acontecia, desde a manhã até a noite”.

Entre 600 sorrisos, Titetê se apresenta em Passatempo

Pois foi assim, mais ou menos, o que aconteceu em Passa Tempo num dia, o décimo primeiro de Dezembro de 2018 e na comunidade Quilombola de Cachoeira dos Forros no outro, o dia do Idealista. A Caravana chegou pela manhã do dia 11 na Escola Municipal Gabriel Andrade em Passatempo e no dia 12 na Escola Municipal Mestre Rangel, na Comunidade, com o Palhaço Titetê, e seu acompanhante Meketrefe, estando, nas duas ocasiões o público, crianças e suas mães, já reunidos, aguardando os momentos de prazer e diversão que seriam proporcionados por aqueles profissionais do riso.

COM VOCÊS, O PALHAÇO!

Mais que ligeiro, ouvindo seu sobrenome, chega Cícero Titetê, cortando pela direita e rouba-lhes a bola, driblando os fatos e cronologias com sua retórica afetiva: a caravana Titetê feita Caravana Nossa Cidade foi maravilhosa. Prática fluida, porosa, permeável; as coisas se integraram de maneira intensa no ritmo do afeto. Era o palhaço convidando as pessoas à comunicação, ao encontro, provocar e conduzir o riso… a receptividade foi sensacional!

Cláudio, Bianc, Wander e Mari conduzem debate!

Em Passatempo, a organização, estrutura e receptividade foram excepcionais, pelos alunos, corpo docente e funcionários da Escola. Mas eu gostei mais, mesmo, rouba a bola Bianc, foi de jogar o Reviravoltas Locais com os jovens. O jogo fluiu muito bem, e surgiram muitas questões e ideias para serem praticadas. Acho que o jogo cumpriu seu objetivo, que foi de acender alguma esperança, e mostrar que juntos podem realizar algo para sua comunidade.

E aí ele até se anima a arriscar um firula sobre a atuação do Cícero na Comunidade Quilombola: A mobilização que o Titetê proporcionou pela manhã foi importante pra chamar e reunir boa parte da comunidade. A partir daí foi possível convocar para as atividades da tarde. Acho que, se a Caravana fosse apenas bate-papo e jogo, não teria tanta afluência.

Palhaço convidando as pessoas à comunicação, ao encontro, provocar e conduzir o riso… a receptividade foi sensacional com sorrisos decorando a plateia, emenda Cícero artilheiro, maravilhosa resposta das crianças nas duas ocasiões!

CUIDANDO DE NOSSA CASA COMUM

É senhores, o espetáculo foi magistral, tendo a participação e interação da plateia, praticamente o tempo todo, atalha Cláudio. O clímax aconteceu ao final, quando uma imensa bola, representando o Planeta Terra, dançou pelas mãos de todos presentes, simbolizando o cuidado que devemos ter com a nossa Casa Comum. Esta reunião de parte da comunidade na escola, pela manhã, serviu para que o povo fosse convidado a comparecer à tarde, pois haveria outras atrações.

A empatia foi deveras forte e começou antes mesmo da ação, emenda o lance, Cícero Titetê em revisão de tempos e movimentos em Passatempo… vinculação toda positiva e coletiva. Todos convidados a cuidar da terra, cuidar do planeta. Faltou a participação da comunidade pois não conseguimos romper os muros da escola, abrindo seus portões. Para a próxima, fica a priorização do espaço público e do livre acesso, estimulando a presença de toda a família e outras lideranças comunitárias.

A Comunidade em Reviravoltas Locais

Logo após o almoço na Comunidade foi apresentada palestra, seguida de bate-papo, com um público jovem e adulto, retoma Cláudio. Com o título de Cidades em Transição discorri sobre dois desafios que a humanidade vai enfrentar nos próximos anos, o agravamento das mudanças climáticas, e o pico do petróleo. Sobre este último tema foi demonstrado como tudo evoluiu, para o bem e para o mal, a partir da descoberta e exploração do “carvão líquido”, e como estamos dependentes dele, não apenas energeticamente, mas em todas as áreas do consumo humano (objetos sintéticos, roupas, remédios, materiais de construção, fertilizantes, etc.). E a pergunta que ficou foi: — o que faremos quando este elemento faltar ou se tornar muito mais caro? A resposta que o movimento de Cidades em Transição tem dado é a Re-localização da economia, ou seja tratarmos de suprir as necessidades através dos talentos, habilidades, capacidades locais, e para isto é preciso que a comunidade se conheça e se apoie.

Não pareceu que o público presente se sensibilizou com este cenário, até porque eles já vivem uma vida simples. Senti, no início, uma impressão de desânimo, de que “aqui não tem nada, não acontece nada!” Mas ao final eles perceberam que se eles se aliassem à Associação teriam chance de trazer mais lazer, mais saúde e infraestrutura para sua localidade. Ali também estava a Jordânia para convocá-los e acolhe-los.

Eu achei, senhores, que a Caravana foi bem produtiva no sentido de dar força para a Jordânia e para a Associação, toca a bola Bianc.

Isto mesmo, Bianc e Wander, resume Cláudio, isto serviu para que a Jordânia, líder da Associação local, conclamasse a população para arregaçar as mangas e colocar em funcionamento uma padaria comunitária, cujo equipamento foi todo doado pela Emater. E eles já marcaram reunião para o domingo seguinte.

REVIRAVOLTAS LOCAIS

Pouco tempo depois, reunimos um grupo de jovens para jogar o Reviravoltas Locais, que tem o objetivo de promover a proatividade dos participantes. O jogo traz situações em que o jogador deve relatar algo que deve ser resolvido localmente, da mesma forma que pode também lembrar de pessoa, lugar ou evento de que se orgulhe a comunidade, alimentando, assim, a autoestima local. Muitas questões e anseios foram expostos, com maior ou menor intensidade, mas ao final do jogo todos estavam unidos para buscar soluções, tendo o respaldo da Associação Comunitária, com sua líder ali, presente.

40 minutos até a comunidade Quilombola Cachoeira dos Forros na Escola Municipal Mestre Rangel e Cícero emenda novo lance: No jogo Reviravoltas Locais com a comunidade Quilombola, Cláudio, nasceu a demanda de uma biblioteca, e interessante como já estão se movendo no sentido de leva-la ao quilombo e pensando no sentido de ser mais direcionada e relacionada com a Cultura Negra.

Ao que Bianc entra pela tangente: — Eu gostei de tudo mas o que me fisgou mesmo o idealismo foi jogar Reviravoltas Locais com os jovens. O jogo fluiu muito bem e surgiram muitas questões e ideias a serem praticadas. Acho mesmo que o jogo cumpriu seu objetivo, que foi acender alguma esperança e mostrar a eles que, juntos, podem realizar algo para sua comunidade.

Sim, senhores, atalha Cláudio, sinto que a Caravana Nossa Cidade veio trazer maior energia àquela comunidade quilombola, através de uma maior adesão às atividades da Associação local. Porém, penso que isto não pode ficar por aí; deve haver um apoio e acompanhamento aquelas pessoas mais envolvidas, caso contrário não passará de um evento divertido…

E Renato, emendando em um golaço: evento que mexeu com os corações das crianças e adultos que acompanharam este abraço na cidade de Passatempo, de um lado e em Cacheira dos Forros, de outro!

NOSSA CIDADE é uma associação parceira das pequenas cidades em sua busca por prosperidade e transformação social. Conheça nosso movimento e faça parte! www.nossacidade.net

E NOSSA CIDADE é idealista. Idealistas são aqueles que trabalhando com os outros, com generosidade e respeito mútuo, querem ajudar a construir um mundo onde todas as pessoas possam viver de forma livre e com dignidade.”

E a caravana Nossa Cidade integra sua anfitriã, a Associação, a idealistas dispersos geograficamente em nossa zona de atuação!

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