Cidadania e folia na praça

Poliana Araújo Guerra
Nossa Cidade
Published in
3 min readAug 31, 2018

Iniciativas comunitárias pela comunidade!

Um grupo de moradores da região do bairro Carlos Prates, ao redor da praça ‘Pisa na Fulô’, está disposto a uma força-tarefa para revitalizar o local, na onda da transformação social feita pelas mãos da própria comunidade.

Ações sociais no espaço urbano

Vista da Pisa na Fulô — Foto: Jornal O Tempo

Mais que uma praça, a ‘Pisa na Fulô’ é um tradicional mirante da capital, de onde a vista alcança até a curva da Serra do Curral. Não tem nome oficial, tendo sido assim adotada pelos locais por estar vinculada a um bloco de carnaval que leva este nome.

Por meio de algumas ações, o grupo pretende resgatar a história do local. Via roda de conversas adequada e oportunamente alinhada às celebrações do dia do idealista, reunindo paisagistas, jornalistas, amantes do carnaval de BH, entre outros personagens desta geografia, e outras ações, como uma exposição permanente de fotografias in loco, resgatando memórias e afetos, os moradores querem tornar esta, uma causa de todos os locais.

Pisa na Fulô na praça a que dá nome!

Embora exiba uma linda vista da capital, em estado de abandono, a praça pede socorro. Bancos quebrados, jardins esquecidos e desnutridos, piso esburacado, fraca iluminação noturna e ausência de qualquer equipamento de ginástica impedem uma efetiva ocupação da praça pelos moradores.

A praça é nossa

Eliane Maris, ex moradora e organizadora do roda de conversas, ocorrida no dia 11 de agosto, pontua que esta seria o “start da reforma de nossa querida pracinha”, pedindo ainda fotos e/ou recortes de jornal para composição da exposição resgatando a história do local.

Tendo sua revitalização sido tema, por dois anos consecutivos, do bloco que lhe dá nome no carnaval, a Pisa na Fulô tem um clamor forte por voltar a integrar o cotidiano dos cidadãos que por ali vivem ou passam, cotidiana ou corriqueiramente. No dia a dia ou nos carnavais. Como mascote do bloco, ela é identificada pelos moradores como casa do grupo, que trouxe vida para um local que, a desocupação dos moradores, havia relegado ao esquecimento.

Para o regente do bloco, Christiano de Souza, o carnaval é uma oportunidade de reunir os moradores para ocupar um espaço que é deles. A intenção vai, agora, além do carnaval. É olhar para o espaço e dotá-lo de equipamentos urbanos que tragam de volta o interesse dos moradores por frequentá-lo no seu dia a dia, fazendo dali um ponto de convergência dos cidadãos que ali tenham casa, trabalho ou caminho.

Vista da praça, ainda Pisa na Fulô, mas já com bela vista da cidade!

A roda de conversas da Eliane, associada Nossa Cidade, sobre a revitalização da Praça Pisa na Fulô trouxe esta nobre causa junto aos planos e a vontade dos idealistas, que tiveram ali uma sua reunião e seu olhar, querendo unir esforços em benefício desta praça, desta comunidade, desta gente!

A Associação Nossa Cidade é parceira de pequenas cidades em busca de prosperidade e transformação social.

O Dia do Idealista — comemorado internacionalmente uma vez por mês, nos dias 1/1, 2/2, 3/3, 4/4, 5/5 e assim por diante até dia 12/12 — é uma data dedicada a imaginar o mundo (cidades, comunidades, vidas) que queremos, conectar uns com os outros e agir de forma a construirmos juntos essa nova realidade.

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