Reviravoltas Locais por toda Nossa Cidade
Iniciativa inicial do jogo nas fronteiras de Nossa Cidade, concorrendo ao Challenge, é revisitada por muitos membros da associação.
Olha gente, uma das histórias deste mês, que já vem se despedindo de nós é contada pela Mari Moreira. Ela foi uma das primeiras que assuntei para dividir comigo o protagonismo em Nossas páginas e torna-las, pouco a pouco, polifônicas, como somos todos, enquanto organização!
O que me animou de fato foi que ela não hesitou, topou de cara, me mandou este super relato parte de nossa história, denso, cheio de olhares, opiniões, links, emoção e regras de encontrabilidade em nosso universo cibernético.
No rastro de relatos polifônicos por ocasião de Nosso aniversário, Mari reconstruiu, para nos reapresentar e nos contar de nossas raízes, uma peça de nosso quebra-cabeças engajado e humano. Regência feita com maestria, a moça entregou o microfone a vários de nós e deixou que pintassem Reviravoltas Locais com nossas cores.
Bueno… li, em alguns poucos pedaços, interferi, me entreguei, me engajei e me permiti fazer a regência final da peça unindo os depoimentos, no ritmo e fazendo minhas, suas palavras. Com alguns cortes, unindo sentenças, opiniões e outros fragmentos, me permiti concluir em uníssono a tantas vozes, celebrando nossas incansáveis, reincidentes e pulsantes Reviravoltas Locais! Assim, Com a palavra, Mari Moreira!
Resgatando nossa história: o jogo Reviravoltas Locais
Há três anos, Nossa Cidade foi contemplada com o primeiro lugar no Challenge, programa de aceleração de negócios sociais, desenvolvido pela Baanko. Este ano, voltamos ao programa, agora como parte da organização do evento — o que tem representado uma oportunidade incrível para conhecer mais sobre a nossa história.
Na abertura do Challenge, realizada no dia 24/11, a Nossa Cidade foi apresentada como case, tendo sido escolhida entre tantos projetos que participaram nas edições anteriores.
O projeto inscrito consistia na elaboração do Jogo Reviravoltas Locais, em perspectiva alinhada com o objeto “Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento” — ODM 8, que atualmente corresponde ao Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Na época, recebemos três premiações muito especiais: vaga no Programa de Desenvolvimento de Dirigentes; Consultoria de Marketing Digital pela ONGestão; Animação feita pelo IdeaClara.
Para contar essa história, entramos em contato com alguns dos participantes da edição de 2015, para conhecer mais sobre a experiência de cada um naquele momento. E passo a palavra a cada um deles:
QUE COMECE O JOGO!
Renato: “A participação no Baanko Challenge foi um grande marco para a Nossa Cidade. Nos fortalecemos muito com a experiência, os prêmios e com o jogo para mobilização social que construímos. No entanto, o que nos beneficiou mais foram as relações construídas com o time de voluntários, das outras equipes e da organização durante o challenge. Invistam nas relações!”
Marco: “Eu senti uma satisfação grande em poder contribuir com algumas causas. E também pude aprender muita coisa(…) Pude também fazer um network, fazer novas parcerias, conhecer outros grupos de interesse dentro de BH, porque a Baanko é uma rede de pessoas que geram conhecimento, então você vai com alguma informação e lá dentro transforma em algo maior. Foi fascinante a experiência de poder participar e conhecer pessoas que depois de um tempo viraram parceiras na vida e em projetos. (…)”
Cláudio: “Sou arquiteto e hoje eu gosto mesmo é de criar jogos: jogos cooperativos, jogos presenciais, educativos, jogos que a gente joga olho no olho. Em 2015, a Nossa Cidade me convidou para participar de um grupo que estava trabalhando no Challenge promovido pelo Baanko. Eles tinham a ideia de criar um jogo, uma ferramenta para atuar nas pequenas comunidades, como é o propósito da associação. Eu cheguei já no meio dos trabalhos em uma reunião e percebi que eles estavam muito confusos na criação desse jogo. (…) Conseguimos apresentá-lo no final. Mas na realidade, o jogo não estava completamente pronto e após o prêmio, o que fizemos foi continuar elaborando esse projeto do jogo. Hoje o jogo tem outro formato e já aplicamos algumas vezes com sucesso. Muito bom a gente ter meta e prazo — foi isso que o Challenge trouxe para nós”
Daniel: “Tivemos o prazer de participar da primeira edição do Challenge, com o Jogo Reviravoltas Locais, e vejo que esse evento é uma iniciativa firme, que congrega uma série de projetos, atores sociais, educadores e todo tipo de pessoas que querem fazer intervenções positivas, querem conectar as iniciativas pela nossa região. (…) Queríamos nos aproximar fisicamente e estar juntos nas cidades, nas pontas — onde estão realmente sendo trabalhadas as iniciativas dos associados. (…) A associação estava buscando uma ferramenta coletiva, que fosse criada dentro do grupo, que dialogasse nas comunidades onde a Caravana fosse levada. (…) Pela presença do Cláudio Casácia, que tem uma larga experiência na criação e implementação de jogos em vários ambientes, nós achamos que seria legal e daria vazão para muito da criatividade que estava presente no grupo da associação naquele momento. Então, nós cadastramos como um projeto a ser incubado, a ser apoiado pelo Challenge naquele ano, o jogo Reviravoltas Locais, que já teve durante esse percurso vários formatos. (…)
Isabela: “Vou te contar um pouco do que ficou. Quando eu fui para o Baanko Challenge, eu estava em um momento mais confuso profissionalmente e a escolha de participar da Nossa Cidade foi porque eu vi ali algo que combinasse propósito e atuação e que comunicou comigo naquele momento e comunica comigo até hoje. (…) Uma coisa que fica muito forte para mim, é que um dos pontos que a gente batia sempre na tecla mas às vezes a gente se perdia e o Cláudio fazia questão de retomar, é que a gente não estava competindo, a gente não queria que um ganhasse e o outro perdesse, a gente queria que o grupo ganhasse, partindo da metodologia do Dragon Dreaming, todo mundo tinha que ganhar junto (…) Esse foi um dos grandes aprendizados que eu tirei para todas as questões da minha vida: não quero ganhar sozinha para chegar em algum lugar, quero ganhar junto”
André: “Minha participação no primeiro Challenge, de 2015, foi muito inesperada porque eu estava procurando formas de continuar desenvolvendo o projeto de mapa colaborativo após terminar a faculdade, e encontrei a Nossa Cidade pelo Facebook. Eu mandei a mensagem de manhã, o Renato me falou do evento, e eu já cheguei de tarde no evento. Conversei e gostei muito. Eles me disseram que estavam desenvolvendo um jogo e eu topei ajudar. Foi bacana porque pude perceber que o mais importante do evento foi, além de conhecer projetos, pessoas e ideias, foi perceber que tem muita gente engajada (…)
Tereza Raquel: “Sobre a experiência na Baanko, nós fizemos um jogo chamado Reviravoltas Locais e o que eu achei mais interessante de tudo é porque nós mesmos precisamos fazer muitas reviravoltas para conseguir fazer o jogo. Foi uma co-criação, várias pessoas passaram pelo período de construção do jogo, tivermos que fazer várias mudanças, adaptações, sempre no olhar do negócio da Nossa Cidade, o que a gente pretendia com aquele jogo. (…) Foram muitas reviravoltas e foi um trabalho muito bom, valeu muito a pena ter participado”
Dessas pessoas maravilhosas, algumas permanecem firmes conosco como membros da Nossa Cidade: Renato, Daniel, Cláudio e Marco!
E nós, junto, permanecemos querendo Reviravoltas Locais e mais e mais atores para nosso jogo. Para continuarmos todos ganhando!
Nossa Cidade é uma associação que congrega pessoas que querem desenvolver as cidades onde moram por meio do cuidado com o planeta, a comunidade e pessoas. E nós acreditamos que pequenas reviravoltas locais irão alterar a situação de todos, das cidades e das pessoas!
