Antigo estádio Célio de Barros

Complexo do Maracanã

Ricardo Fontes
MeuRio

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O Complexo do Maracanã, muito famoso, obviamente pelo estádio Jornalista Mario Filho, popularmente conhecido como Maracanã, sofreu muitas transformações ao longo dos anos. O estádio passou por três grandes reformas. A mais recente e mais criticada, foi a obra para a Copa do Mundo de 2014 que teve um custo muito elevado e que de acordo com o governo do Rio de Janeiro, esse custo teria aumentado devido a imprevistos. Sempre considerado um estádio popular por já ter capacidade para 200.000 pessoas, esse tempo só existe na memória de quem viveu esses tempos, poucos jogos são de fatos acessíveis para toda a população. No entanto, não foi apenas o “Maior do Mundo” que mudou com o passar dos anos. No Complexo do Maracanã, existem também mais três estádios com diferentes utilidades, Maracanãzinho que ainda é usado para vôlei, basquete e shows, o Parque Aquático Júlio Delamare para natação e o Antigo Célio de Barros para atletismo.

Com a notícia de que o Maracanã receberia a final da Copa do Mundo de 2014 e a Abertura da Olimpíada em 2016, disseram que seriam necessárias grandes obras não só no estádio, assim como no seu entorno. O estádio de atletismo que tinha seu portão principal na Rua Eurico Rabelo foi praticamente destruído. Apenas restou a arquibancada, a pista deu lugar a um grande estacionamento, que nem sempre tem carro. Muitas notícias saíram em janeiro de 2017 afirmando que o antigo estádio sofria com problemas de segurança, furtos foram registrados por moradores da região e por jornalistas.

Enquanto isso, do outro lado do complexo, o Parque Aquático Júlio Delamare ficou um bom tempo fechado, durante as obras para os grandes eventos que o Maracanã recebeu. No meio de 2017, em junho, saiu à notícia de que o local poderia ser aberto novamente após quatro anos fechado. Trabalhos com crianças de escola pública seriam uma das utilizações. Um pouco mais ao lado, existia a Aldeia Maracanã, que após anos de luta dos indígenas pelo local, foram expulsos e hoje em dia, não se tem mais nada ali. O estacionamento que foi construído para as Olimpíadas de 2016, não vem sendo utilizado, uma vez que, para o grande publico que deseja ir ao Maracanã ver jogos de futebol, recomenda-se parar no shopping tijuca ou na UERJ.

Futebol é uma palavra que voltou a ser usada ao lado do Maracanã nesse segundo semestre de 2017, a intensidade de jogos aumento no estádio, no entanto, não se compara com o que já foi um dia. O alto custo para apenas alugar o “Maior do Mundo” afastou o Flamengo, que lhe fez recorrer ao estádio da Portuguesa (Ilha do Governador), pois considera inviável pagar praticamente 1 milhão para jogar uma vez no Maracanã. Fluminense, clube que mais atuou no estádio esse ano, apenas conseguiu atuar lá por conta de um contrato mais vantajoso que assinou em 2013 e paga bem menos de aluguel que o Flamengo. Pezão, governador do Rio de Janeiro, no entanto afirmou que vai fazer uma nova licitação, pois a atual administradora do estádio, não quer mais cuidar de um dos estádios com mais história do mundo.

Os moradores do entorno do Complexo do Maracanã, relataram no início do ano, um alto índice de furtos e que tudo ficava sem luz quando anoitecia, pois a conta de luz do estádio estava com um atraso de 5 meses. Um morador da Tijuca, que costuma correr no entorno do estádio conta que “A pista é boa para correr, agora é mais seguro do que era no início do ano, que estava sem luz no Maracanã, muitos assaltantes faziam a festa.” . Conforme o ano de 2017 foi passando, as coisas foram melhorando, hoje em dia, sem duvida é melhor para praticar atividade física do que era no início do ano. Os bares tiveram uma queda da sua freqüência drasticamente reduzida por conta dos poucos jogos que o estádio vem recebendo, se fizermos uma comparação aos anos antes da obra. No, entanto, não houve algum fechamento noticiado algum bar famoso. O Bar dos esportes que fica na Rua Eurico Rabelo, um dos bares mais famosos do entorno do estádio, não fechou apesar do movimento um pouco reduzido, mas pode se dizer que se mantêm otimista após ver o segundo semestre de 2017 recheado de jogos de futebol.

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