O Rio de Janeiro continua sendo?

Nathalia Dantas
MeuRio
Published in
2 min readNov 29, 2019

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O carioca vem passando por alterações profundas na sua maneira de viver a cidade, por conta das mudanças em sua composição. O custo de vida está cada vez mais alto, dificultando a permanência de pessoas em localidades que sempre lhes foram familiares. É o processo de gentrificação, acelerado pelo período de megaeventos que vivemos nos últimos anos.

A transformação dos espaços é natural com o passar do tempo, como a sede do America, na Tijuca, que se transformará num shopping center. Entretanto, a preservação de sua memória deve ser prioridade para que essa transformação seja saudável. O que vemos é que lugares tradicionais continuam fechando, sendo destruídos e desvalorizados em prol de uma cidade que tem a cara de qualquer outra, menos o Rio de Janeiro, fevereiro e março.

Quantos talentos foram descobertos nas salas de aula do Colégio Nossa Senhora da Piedade, durante os 100 anos de história? Difícil contar, mas sabemos que desde 2016 a única lição que aprendemos por ali é que estamos testemunhando o Rio virar as costas para sua história. Sua identidade visual está fragmentada e a arquitetura cada vez mais eclética. Em um processo cada vez mais acelerado vamos sendo apresentados ao Rio pós-moderno!

Nesta segunda edição, vamos continuar acompanhando de perto episódios desse descaso com a nossa memória coletiva e afetiva, e com a identidade da nossa cidade. E, todos são convidados a se unirem para colaborar com a nossa publicação e juntos resistirmos.

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