Violência contra as Mulheres

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2 min readFeb 23, 2021

Aquilo que nós mulheres sentimos todo dia na pele tem sido alvo de preocupações e estudos das mais diversas áreas. Hoje demonstraremos como a Economia tem tratado as questões femininas à luz das necessidades básicas do dia a dia, o acesso ao trabalho, ao alimento, ao estudo e principalmente como ao alcançar novos patamares podemos nos emancipar e nos fortalecer em nossa caminhada coletiva.

Dados levantados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) demonstram que quanto mais anos de estudo e quanto melhor remuneradas somos, nos afastamos de situações de violência doméstica, embora ainda não a exclua. Algumas autoras e autores destacam que o sistema econômico sob o qual, mulheres pincipalmente, vivem é limitado pelo patriarcado. E ele é mais do que uma conjuntura social é uma ferramenta que faz parte do nosso modo de vida econômico e transcende as questões das relações domésticas e/ou amorosas. Vale ressaltar a importância de lembrar que na forma como vivemos não é possível separar sistema econômico e a nossa vida, a partir do momento que o capitalismo insere o conceito de propriedade e consumo em tudo o que existe hoje.

Considerando isso, passamos a entender que a separação da sociedade em papéis associados à produção em empresas, e que estes são os valorizados e relevantes para a sociedade, nos coloca enquanto mulheres em uma posição “inferior”, pois infelizmente muito do que se conquistou não trouxe um novo papel nas relações, mas sim um trabalho a mais, quase uma penalidade pela audácia de querer mais. As teorias mais recentes na área econômica demonstram não somente como ganhamos menos no mercado de trabalho formal, mas também o quanto a má divisão de trabalhos domésticos nos impõe além do cansaço físico, grandes restrições de tempo que obviamente impactam o nosso desenvolvimento profissional.

E a violência doméstica infelizmente vem piorar este cenário na medida que reforça o nosso papel de objetos, acessórios, propriedades de homens e um sistema que atende às suas necessidades.

Infelizmente ainda não podemos mudar, hoje, todo o sistema e nos recolocar numa posição de igual, mas podemos sim ampliar e fortalecer nossas vozes coletivas. Podemos e devemos combater todas as violências — grandes e pequenas — que nos acometem todos os dias e assim deixarmos de ser objetos de estudos e passaremos a ser vozes definidoras sobre os nossos futuros.

Grupo: Violência contra a Mulher, Transferência de Renda e Gap Salarial.

Adriana Lima, Fernanda Yung, Jamile Souza, Karla Borba, Natasha Menezes e Sabrina Thomaz

Projeto de Extensão de Economia e Feminismos 2020.PLE

Coordenadoras: Caroline Santos e Margarita Olivera.

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Projeto de extensão de Economia e Feminismos/IE/UFRJ