É melhor viajar com dinheiro, cartão de crédito ou pré-pago?

Cada destino tem sua particularidade quando o assunto é dinheiro, mas é importante ter disponível mais de uma opção para imprevistos.

Se você é daquele tipo de pessoa que utiliza o cartão de crédito para tudo, provavelmente também o leva para suas viagens internacionais. Porém, essa é uma comodidade que pode custar caro. Devido à variação diária do câmbio, você apenas saberá o valor real das suas compras no dia do fechamento da fatura. Por isso mesmo é importante avaliar as outras opções, como débito, cartão pré-pago ou mesmo dinheiro em espécie.

O pré-pago é ideal para viagens internacionais, onde é possível saber exatamente o valor gasto, uma vez que é você quem escolhe a quantia de dinheiro depositada e o câmbio é fechado a cada compra. Seja para uma viagem dentro ou fora do País, o primeiro passo é pesquisar qual a relação do local com o dinheiro — alguns quiosques em praias só aceitam pagamento em espécie, já em outros locais é possível fazer reservas de passeios pelo cartão de crédito, por exemplo. Para sua segurança, o melhor é dividir o uso do dinheiro entre as modalidades citadas e nunca sair do hotel levando toda a sua quantia.

O que é mais vantajoso: cartão ou dinheiro em espécie?

Tudo vai depender do seu perfil de consumidor e do tipo da sua viagem. Pagar as compras em dinheiro pode, muitas vezes, sair mais barato, tendo em vista que você ganha poder de barganha. Além disso, algumas pessoas conseguem controlar melhor o orçamento quando estão com as notas na carteira. Porém, o risco de perdê-las é maior.

O cartão pré-pago te dá a vantagem de ter mais controle sobre o quanto está gastando, tendo em vista que você fica limitado a usar a quantia que foi depositada nele. Com o cartão de crédito, como citamos acima, os gastos podem passar do esperado em viagens internacionais, porque o valor fica condicionado ao câmbio no dia do fechamento da fatura.

“É fundamental ter um bom controle financeiro para que a viagem não se torne uma dívida. O cartão de crédito não precisa ser o vilão. Ele pode ser necessário para reservas e cauções e ser usado por quem vai morar um tempo no exterior. A dica é procurar saber sobre as taxas praticadas e ponderar qual modalidade vale mais a pena”, comenta Oyvind Oanes, CEO do Numbrs, aplicativo europeu especializado em gestão financeira pessoal.

Viagens internacionais sem dor de cabeça

Em uma viagem internacional, para que não ocorram imprevistos, o ideal é ter um cartão de crédito e um pré-pago. Mantenha cópias dos cartões no cofre do hotel e com alguém de confiança. Caso venha perdê-lo de alguma maneira, ainda terá os dados para solicitar o cancelamento. Reserve um pouco de dinheiro na moeda local para pequenos gastos ou gorjetas.

Tenha em mente que há a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ao movimentar o dinheiro lá fora, seja em moeda (1,1%) ou no crédito, débito e pré-pago (6,38%). Lembre-se também de avisar sua instituição financeira sobre a viagem. Assim, não correrá o risco de ter os cartões bloqueados repentinamente.