Numbrs Brasil
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3 min readMay 31, 2018

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3 dicas fundamentais para escolher investimentos de curto prazo

Se você quer deixar seu dinheiro investido por até um ano, precisa tomar cuidado com três fatores. Aprenda a investir no curto prazo.

Um dos elementos fundamentais na hora de decidir em qual investimento você colocará seu dinheiro é o prazo disponível para a aplicação — curto, como um fundo de emergência; médio, como uma viagem; ou longo prazo, caso da compra da casa própria ou aposentadoria.

Investimentos de curto prazo — ou seja, a serem resgatados dentro de um ano — pedem maior cuidado, pois a escolha da melhor aplicação depende das taxas, impostos e liquidez de cada uma.

Há quem acredite que por conta do pouco tempo, pode ser vantajoso deixar o dinheiro na conta corrente. Porém, por incrível que pareça, essa estratégia é arriscada. “Corre-se o risco de gastá-lo com o que não deve. Além disso, você também perderia o rendimento que o valor teria se estivesse aplicado corretamente”, alerta Oyvind Oanes, CEO da Numbrs, aplicativo europeu especializado em gestão financeira pessoal.

É preciso pensar bastante antes de investir, pois é comum que o investidor acabe prejudicado com uma tributação alta em função do curto tempo de aplicação. Por isso, antes de escolher o melhor investimento para curto prazo em seu caso, atente-se a estes três pontos:

1. Tributação

Em diversos investimentos, quanto menor o tempo de aplicação, maior a mordida do Imposto de Renda (IR). Por exemplo, no prazo de um ano, ela é de 17,5% em CDBs e Tesouro Direto.

Pode parecer muita coisa, mas não se deixe intimidar. Escolher um investimento que não tem IR não quer dizer que você acabará com mais dinheiro na carteira. Para saber o que vale a pena em seu caso, faça as contas: abata o IR dos investimentos que possuírem incidência e compare com aqueles sem este imposto. Pode ser que, apesar do IR, um título do Tesouro Direto renda mais do que a poupança, por exemplo.

2. Liquidez

É a disponibilidade do dinheiro depois de investido. Quanto maior a liquidez, mais fácil será resgatá-lo — porém, menor costuma ser a remuneração oferecida. Por isso, em investimentos para objetivos de curto prazo, o ideal é buscar maior liquidez, mesmo que a rentabilidade não seja tão atrativa, pois ter o dinheiro disponível é o mais importante.

Cabe cautela com títulos como LCIs e LCAs — eles oferecem uma boa remuneração e não há cobrança de IR, mas como o prazo mínimo de resgate pode chegar a um ano, não é recomendável aplicar todo o seu patrimônio neles de uma vez só.

3. Taxas

Elas têm peso enorme na decisão de qual investimento escolher para colocar sua grana. Para você ter ideia, simulações feitas pela Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) mostraram que com a taxa Selic a 6,5%, a caderneta de poupança é mais vantajosa do que uma série de fundos de renda fixa — principalmente aqueles com taxas de administração salgadas, superiores a 1% ao ano, algo comum entre os fundos DI.

Suponhamos que, se a rentabilidade bruta de um investimento for de 8% ao ano e a taxa de administração for de 2% a.a., ela já vai abocanhar mais de 30% da rentabilidade. Cuidado para não perder dinheiro!

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