Numbrs Brasil
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3 min readSep 24, 2018

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Como organizar o orçamento para adotar um animal de estimação

Antes de levar seu novo companheiro para casa, analise o orçamento e considere os novos gastos. Veja aqui como fazer isso!

Ter um bichinho de estimação em casa é uma experiência transformadora. Além de melhorar a qualidade de vida e saúde — algo cientificamente comprovado –, eles ensinam o amor de um jeito único. Apesar de tantos benefícios, adotar um pet causa um grande impacto no orçamento e, por isso, é preciso se preparar para o baque antes de levar o amiguinho para casa.

Por isso, antes de tomar qualquer decisão, analise sua situação financeira. “Se você estiver com alguma dívida alta que ainda não foi quitada, enrolado no cartão de crédito ou com as finanças apertadas, talvez seja mais prudente postergar esse sonho — afinal, bichinhos trazem gastos”, orienta Fynn Kreuz, sócio do Numbrs, aplicativo europeu especializado em gestão financeira pessoal.

Por outro lado, se você estiver com as finanças saudáveis e concluir que as novas despesas cabem no orçamento, pode comemorar!

Quanto custa ter um animal de estimação?

O próximo passo é entender como incluir estes gastos com o pet na sua planilha e fazer uma projeção das despesas que entrarão no orçamento — alimentação, lazer, saúde etc. Lembre-se que, dependendo do animal que integrará sua família, talvez seja necessário reestruturar sua casa ou apartamento para recebê-lo.

O volume destes gastos dependerá do tipo de animal, raça e condições de saúde. Mas é possível estimar — segundo um levantamento realizado em 2016 pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), as despesas mensais médias são:

● Peixes: R$ 66,50;

● Roedores: R$ 55,50;

● Aves: R$ 7,80;

● Répteis: R$ 14,90;

● Cães de pequeno porte (até 10 kg): R$ 216,50;

● Cães de médio porte (11 kg — 25 kg): R$ 278,21;

● Cães de grande porte (26 kg — 45 kg): R$ 411,32;

● Gatos: R$ 121,39.

Os gastos com cães incluem alimentação, banho e tosa, veterinário e produtos como vacinas, vermífugos e antipulgas. Em todos os casos, a pesquisa considerou apenas despesas básicas, sem contar eventuais problemas de saúde. Enquanto adotar um bichinho mais novo envolverá despesas de imunização, os mais velhinhos poderão precisar de mais tratamentos e eventuais intervenções.

Na hora de projetar as novas despesas, também é importante considerar a estrutura que você deverá oferecer ao novo companheiro. Por exemplo, se você vive em uma casa sem quintal ou em apartamento, talvez tenha que adquirir tapetes higiênicos.

Como incluir as novas despesas no orçamento?

Se você segue o método 50/30/20, é recomendado que elas façam parte das contas fixas, que representam 50% da sua renda líquida. Se o seu orçamento já está ajustado, talvez seja necessário cortar algumas despesas para dar conta das novas que virão. Uma boa dica é rever gastos com supérfluos e deixar novas aquisições para depois, até que você consiga colocar ordem nas contas e se acostume com a nova rotina de gastos.

Outro item fundamental é ter sempre a reserva de emergência abastecida, afinal, é dela que virá o recurso caso o animal adoeça.

Por fim, cuidado com as tentações. O mercado pet possui uma infinidade de produtos tão fofos que farão você pensar que seu animal precisa daquilo — e você deverá ser forte contra esses impulsos. Coloque na ponta do lápis cada nova roupinha e brinquedo e, na dúvida, priorize a saúde do bichinho. Lembre-se: você é responsável por esse ser. O afeto anda lado a lado com a organização financeira para que essa seja uma relação de muito amor e cuidado.

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