Numbrs Brasil
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3 min readJan 31, 2019

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Entenda como negociar sua dívida com o banco

As despesas ficaram mais altas do que você pode pagar? Entenda como fazer uma boa negociação com o banco.

Janeiro é um mês de arcar com impostos (como é o caso do IPVA e do IPTU), compra de material escolar dos filhos, despesas de férias, além de uma fatura de cartão de crédito acima da média de gastos usuais, tendo em vista a cobrança das despesas com as festas de fim de ano. Com toda essa enxurrada de boletos, é possível que a dívida fique maior do que a sua capacidade de pagamento.

A situação é desconfortável, mas cruzar os braços diante de uma dívida rolando não é opção. Especialmente se for uma dívida com juros muito altos, como é exatamente o caso do cartão de crédito. “Ignorar a existência de uma dívida traz uma falsa sensação de tranquilidade. A pessoa passa um tempo ignorando as cobranças, mas em algum momento ela vai ter que lidar com o crescimento da dívida, por conta dos juros. Além disso, o nome sujo gera uma série de questões, como dificuldades na abertura de um negócio ou mesmo de pedir um novo cartão de crédito, e perda de credibilidade no mercado”, pontua Finn Kreutz, sócio do Numbrs, aplicativo europeu de gestão financeira pessoal.

Para não cair nessa cilada, aqui vão algumas estratégias para você negociar o pagamento da sua dívida.

Tenha clareza sobre sua capacidade de pagamento

Antes de sentar na mesa para negociar o valor, tenha clareza do tamanho total da dívida, os juros que estão sendo cobrados e o impacto disso no seu orçamento. Esse comparativo entre o valor da dívida e o quanto você pode pagar será importante para que você consiga fazer um raio-x no seu orçamento entendendo os gastos que são possíveis cortar. Com esses cortes, você melhora sua capacidade de pagamento e entra na negociação em uma situação melhor.

Cuidado com o planejamento para os próximos meses

Pagar uma dívida alta o quanto antes deve estar entre suas prioridades. Mas é importante lembrar que o planejamento para a quitação deve levar em consideração suas despesas futuras. Não adianta usar todo o dinheiro disponível para pagar o que deve e não deixar uma reserva para se alimentar no dia a dia, pagar seu aluguel, entre outras despesas essenciais. Aqui, vale ressaltar que é importante que você não comprometa mais do que 30% da sua renda com o pagamento da dívida.

Convicção e planejamento transparente para negociar a dívida

Cuidar da sua postura, seu tom de voz e a forma como vai apresentar seus argumentos faz toda a diferença no resultado de uma negociação. Apresente um planejamento transparente com a sua capacidade de pagamento e não aceite uma contraproposta fora da sua realidade. Assim como você tem interesse em ficar livre da dívida, o credor também tem interesse em receber. Não feche negócio por pressão.

E se não der certo?

Se a conversa não terminar em um acordo bom para as duas partes, a solução é partir para um plano B. Você pode pesquisar uma linha de empréstimo, pessoal ou consignada, por exemplo, com juros mais suaves do que a sua dívida atual. Atenção a um detalhe importante: mais do que avaliar somente os juros das parcelas, você precisa entender qual será o Custo Efetivo Total (CET) do empréstimo, ou seja, o custo que você terá com juros, taxas e outros possíveis encargos. O plano é tomar o empréstimo para quitar o que deve de uma só vez, e arcar com parcelas mais leves para o pagamento desse empréstimo. É o que chamamos de trocar uma dívida cara por outra mais barata.

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