Os erros mais comuns cometidos por pessoas que decidem morar no exterior

Não pesquisar sobre a cultura, clima e questões políticas do local escolhido é um dos erros mais cometidos por quem decide se mudar.

Entre 2014 e 2016, cerca de 55 mil pessoas entregaram a Declaração de Saída Definitiva do Brasil, de acordo com a Receita Federal. Comparado ao triênio anterior, houve um aumento de 81,61%. Esse crescimento aconteceu em função da crise econômica, já que, de 2011 a 2013, o número de declarações entregues foi de 30 mil.

Se você tem vontade de se morar no exterior, fique atento, pois alguns erros podem tornar essa experiência desagradável. Muitos escolhem o destino apenas por estar em evidência ou por não estar contente onde mora atualmente. Porém, é preciso considerar vários outros fatores, como a economia do país, oportunidades de emprego e até o clima.

Para te ajudar nessa nova aventura, trouxemos alguns dos erros mais comuns cometidos por pessoas que decidem morar no exterior:

Não pesquisar a fundo sobre o país antes de decidir o destino

Pensar nos objetivos em longo prazo deve ser o primeiro pensamento de quem decide morar no exterior. E todas essas metas precisam estar alinhadas ao seu perfil e às oportunidades que você está em busca. Decida se será algo definitivo ou temporário, pesquise a fundo sobre a cultura local e se ela se encaixa em todos os aspectos de sua vida.

Por não levarem em consideração essa preparação, muitas pessoas desistem dos planos por conta do frio, ou pelo calor excessivo, e até mesmo por dificuldades de se adaptar à cultura e a forma de se trabalhar. É imprescindível levar isso em consideração, uma vez que esse será seu novo lar. Avalie também se você estará pronto para viver longe da família, isso é algo que pesa muito no dia a dia.

Levar-se pela emoção é um dos erros mais comuns. Escolher seu próximo lar com base no lugar que deseja passar férias ou por ser um destino badalado pode transformar essa experiência em algo ruim. Afinal, você não será mais um turista de passagem pela cidade, mas sim um morador local que terá que lidar com todas as dificuldades diárias. Lembre-se que todos os lugares têm problemas, seja o clima, o trânsito ou questões políticas.

Não saber o custo de vida do local

Cada país tem suas peculiaridades quando o assunto é economia. Por conta disso, é importante saber o valor necessário para viver no novo endereço. “Coloque na ponta do lápis o custo médio de aluguel, as despesas com a casa e o pagamento de impostos. Geralmente, destinos turísticos têm um custo de vida mais elevado”, comenta Oyvind Oanes, CEO do Numbrs, aplicativo europeu especializado em gestão financeira pessoal.

Porém, o orçamento muda de acordo com seus objetivos. Se estiver se mudando por conta de estudos, uma alternativa é ficar em casas de famílias, morar na própria instituição de ensino ou em repúblicas. Se for a trabalho, os custos aumentam com a necessidade de alugar e manter um imóvel. “O importante é ter bastante cautela nos primeiros meses, uma vez que leva um tempo para entender como serão os gastos fixos em um novo país. Gaste somente com o básico no início, para que você entenda o quanto vai precisar ter mensalmente para cobrir suas principais despesas”, ressalta Oanes.

No caso de ir a trabalho, é de extrema importância estudar as leis trabalhistas do novo país. Essas normas variam muito de lugar para lugar e conhecer seus direitos te ajudará a não passar por apuros. Isso poderá, inclusive, trazer certa tranquilidade no futuro, com questões como a aposentadoria.

Tomar essa decisão por impulso, sem planejar o antes, o durante e o depois

O primeiro passo para quem decidiu morar no exterior é ir em busca de possíveis destinos que sejam mais amigáveis à imigração e que combine mais com seus gostos pessoais, levando em consideração a cultura. “Procure notícias sobre a situação econômica, o clima, a taxa de desemprego e problemas locais da cidade escolhida. Essa é uma decisão que precisa ser muito bem pensada”, lembra Oanes.

Com o local definido, você irá precisar de um visto. Para isso, é importante saber qual se encaixa melhor em seu perfil — as opções podem ser conferidas no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.