Dia do Professor
Parte de mim morre nesta data. Assim como em todos os anos. Já não me gera estranheza, é quase como se eu precisasse desse momento, um luto pessoal e íntimo, muito difícil de se explicar.
Nos demais dias do ano, as cores são vibrantes e as flores tem um cheiro de campo novo. Hoje não. Hoje tudo é cinza e com cheiro de tabaco barato, mas só por hoje. Amanhã não mais.
Nos demais dias do ano, prometo não ser tão amargo quanto o meu café. Hoje eu sou um ristretto, sem açúcar ou biscoitinho de acompanhamento.
Sabe o que é o melhor (pior) disso tudo? Eu adoro ser assim.
Portanto se me veres com o cenho franzido, tropeçando e gritando aos céus. Não te perturbes, amanhã conversaremos.
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