Verbo e Carne
Antes era muito fácil fazer poesia
Quando nada ainda se tinha falado
Qualquer arranjo mal-colocado
Afagava o ego da burguesia
Hoje, nada mais se cria
Nem as palavras de um apaixonado
Por mais mal-amado
Não me impressionaria
Qual é a cura para esta azia?
Como parar de chover no molhado?
Caneta dos idiotas atravessando a nado
O papel que sofre em agonia
O problema é o poeta mal-humorado
Atirando a culpa a um recente-passado
Se o problema é o presente
E presente não se é recusado
Vai, cria, escreve tresloucado
Se envergonhe, se orgulhe, ria um bocado
Não se sabe o que se sabe até que se sente
Escreve, antes que escape da tua mente!
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