Todas as perguntas do mundo

Ricardo Mello
O Bonde
Published in
2 min readAug 31, 2018

Repare que existe sempre uma pontuação que te define. Você pode ser uma pessoa exclamação, por exemplo, e geralmente passar pras pessoas aquela empolgação das suas ideias. Alto-astral!

Ou talvez você caminhe mais pelo lugar dos dois pontos: sempre pronto pra explicar ou exemplificar o que está na sua cabeça.

Tem gente que é mas reticências (três pontinhos, pros íntimos…). Gosto de deixar as situações um pouco em aberto, como que a conversa nunca tem realmente uma conclusão.

Eu sou uma pessoa de interrogação. Adoro uma pergunta! Já me peguei diversas vezes tendo que rever um texto meu porque ele tem mais perguntas do que afirmações. Já me disseram que eu daria um bom repórter e eu tive que concordar…

Teve quem me achasse chato, é verdade. Como se eu fizesse perguntas só pra encher o saco, provocar. Mas a verdade é que eu não sou “do contra”, eu sou um instigador. Gosto de descobrir mais do que aquilo que estão me contando. Não ligo de ficar um tempão ouvindo sobre a vida, o trabalho, o universo e tudo o mais. Sou um curioso crônico! Minha curiosidade já me levou a pesquisar (sem nenhum objetivo) sobre o camarão louva-deus e, consequentemente, sobre a polarização circular da luz numa mundana manhã de terça-feira.

O famoso camarão louva-deus

A curiosidade é o combustível da inovação. Todo cientista sabe disso, mas essa não precisa ser uma característica só desses profissionais. Estimular sua capacidade de questionar (e a das crianças ao seu redor) é exercitar ao mesmo tempo sua imaginação, seu raciocínio lógico e sua capacidade de resolver problemas.

Posso dar uma ideia? Estimule sua curiosidade regularmente. Não sabe por onde começar? Digita no Google random facts e divirta-se.

Sabe aquela situação do trabalho em que você empacou? Ou quem sabe aquela reunião que chegou a um impasse? Exerça o poder da interrogação. Faça as perguntas que explicam a origem do problema e se os caminhos oferecidos até o momento são coerentes na busca de uma solução. Não tenha medo das perguntas!

O gatilho da curiosidade pode te ajudar a encontrar vínculos onde aparentemente não há. Encontrar conexões, interesses, possibilidades que ficam escondidas pra quem costuma passar batido pelo surpreendente do cotidiano.

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