A dor que se desabrochou

Telesrion
Escritores da Liberdade
2 min readJul 18, 2020

--

Eu não tenho a necessidade de ser amado tão pouco o desejo, não sou a personificação do anseio ou a aspiração que faz alguém respirar. Também não sou a tinta da caneta mas as palavras que saem dela e dessas torno-me efêmero a luz do dia passageira do tempo, o que torna meus pequenos segundos infinitos aos olhos desta jovem criança que me lê enquanto eu a escrevo.

Dominada por sonhos ela ri ao passo que brinca com seus passos desenvolvendo seu caminhar, entre quedas e outras tentativas vai se tornando lúcida em seu mundo lúdico percorrendo arriscados caminhos que a leva suas paixões tocar. Às vezes por em demasia acreditar se iludi em sua trilha de esperanças que a espera vivenciar livremente com seu despretensioso jeito de amar.

Ainda me vejo pequeno de mais a um universo tão imenso que por muito tempo rudimentar passou a ser meus pensamentos ao lhe encarar, este meu olhar ao céu não é apenas contemplação mas levar a ação de meus pensamentos a colidirem com as estrelas que carrego no peito. Por vezes elas explodem me trazendo belos sentimentos que vislumbro como quando vejo os fogos de artifício na virada do ano numa virada de mim, a um novo alguém desconhecido que já conheci mas que eu apenas estava esperando sair do botão para então poder florir.

E tudo vem e vai o que fica são os segundos, estes que tonam-se infinitos através de meu olhar.

--

--