Existência

Telesrion
Escritores da Liberdade
2 min readMar 29, 2019

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Hey Charlie, não é curiosa a vida na Terra? Veja. De início eles estão dentro de uma capsula que habita um corpo vivo de alguém que nem se quer conhecem, os presenteiam com um nome que nem chegam em perguntar se era esse que gostariam de ter e pronto, são obrigados a viver. Aos poucos vão os moldando conforme o que seus superiores considerarem mais conveniente, logo vão colocando camisas para vestirem como as de time de futebol, religião e orientação sexual, tudo vai passando à ser um causador de influências. Antes de perceberem já estão convencidos de que nada mais existe além do que já acreditam e assim seguem vivendo diariamente com pessoas que a princípio não sabe nada sobre elas, nem de suas lutas diárias, de seus sofrimentos, de seus afogamentos; mas continuam seguindo, afinal, como muitos lá dizem “é triste, é difícil, mas é normal” e por aí fica.
Um normal que se perde em uma estreita jornada de incertezas e carências emocionais pouco compreendidas mas incessantemente buscadas em suas mais variadas nuanças mentais. Este espirito não compreendido perdido num mar de oceanos de verdades que se modificam junto a constância de seu saber interior; mergulha pouco a pouco no autoconhecimento, um tal de mundo perdido que implora por amor. Mas mesmo assim Charlie, há os que percebem que em tudo se encontra os ingredientes que torna cada estrutura da vida um aprendizado que está inerente ao seus contextos. No fim, eles só querem serem enxergados, valorizados, respeitados, serem fortes, independentes e amados (nem que seja por eles mesmos) porém não percebem a quantidade de vezes que se perdem durante o caminho.

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