Qual é a sua prisão?
Todos nós somos prisioneiros de algo a partir do momento em que permitimos que isto tome posse de nós, por mais que tudo possa nos influenciar, toda atitude que tomamos é acompanhada por opções que definem as possibilidades do nosso próximo ato. Porém elas estão tão imundadas por condicionamentos que nos privam da liberdade, que cada passo dado carregam consigo o medo da mudança, do novo e do desconhecido.
Ao traçarmos metas para a nossa vida vamos nos deparando com vários “sugadores de energia” no percorrer do caminho, cuja sua finalidade é a de te distrair e fazer com o que você perca o seu tempo desnecessariamente. Contudo, também se faz necessário momentos de distração para não ocorrer com frequência perda de saúde mental, te distanciando ainda mais de seus objetivos.
Por vezes também é comum ocorrer a sensação de se estar distante de si, mas o que isso significa? É quando (mesmo que sem querer) você tenha se permitido ser manipulado pelas sensações de origem externa que transcorreram o seu corpo, passando em conjunto a ideia de que você está no controle de si, mas não. Você está aprisionado no condicionamento que o ambiente ao seu redor te proporcionou, aflorando o seu medo e a sua timidez seguida pela perda de lucidez. Ao se ter o costume de entender os seus sentimentos, peguntando a eles o “porquê” de suas manifestações, conseguimos evitar em nós que esse tipo de sensação ocorra.
Durante a nossa estadia no planeta Terra, é comum estacionarmos em ideias que nos fazem sentido em determinado período mas que depois vão embora ao serem substituídas por outras novas, a parte mais curiosa é que nunca sabemos quando que elas irão embora ou quanto tempo elas serão aceitas pela nossa consciência. Mas, dar tempo ao tempo e não se apegar a nenhuma ideologia permitindo assim que as mudanças ocorram naturalmente, é o mesmo que colaborar com a sua própria evolução. Olhar o nosso passado individual e notar quantas coisas mudaram em virtude do nosso amadurecimento intelectual e moral, é fundamental para que não tenhamos medo da mudança e do desconhecido, cujo o seu aprendizado sempre estará anotado dentro de nós.
E por último, a verdade é imutável. Mas para que ela chegue até lá, é necessário primeiro navegar em seu mundo mutável em que quanto mais abstrato for a ideia, mais profunda ela tende a ser. Logo, se fechar a uma ideia nova/diferente é o mesmo que vendar os próprio olhos e se prender a uma realidade entre tantas outras disponíveis a serem exploradas.
Eis que a liberdade bota a cara em minha janela e diz
“Você não pode ser escravo de ninguém, ouviu?
Nem de si mesmo, ou de ideias antigas
Que não pertencem a um ser humano que evoluiu
Pois pra se libertar é necessário reconhecer a prisão
Afinal, falsa liberdade é a pior escravidão”