Uma jornada inevitável

Roberta Roth
O Centro
Published in
2 min readSep 21, 2017

Eu, você e todos os outros seres humanos (e outros seres) temos uma jornada em comum que nos conecta: a vida. O conceito aqui compreende tudo aquilo que acontece entre o nascimento e a morte, a qual encerra a jornada ativa de cada um, mas que em muitos casos ainda permanece através do tempo como o legado, um impacto causado nesse caminho.

Esse legado, seja ele bom ou ruim, é o que considero o epítome da vida eterna. Pode não ser de fato eterna, mas se pensarmos nas possibilidades de se viver além do próprio tempo, acho que essa é a melhor opção.

Enquanto estamos vivos, o tempo só anda para frente. Não dá para nadar contra a corrente. É aceitar o que passou e seguir. Mas no tempo perpétuo da existência não é bem assim. Isso porque o legado, geralmente, é um pequeno corte do que foi feito, dito, pensado na parte em vida, mas ele não é necessariamente estável.

Esses cortes podem mudar ou ter uma nova interpretação com o passar (dele mesmo) do tempo. O ponto onde quero chegar é um que pouco tem a ver com o tempo, porém onde ele é elemento chave: aquilo que somos.

É preciso se apoiar no tempo para sermos complexos, profundos e diversos. E também para que o legado após a morte seja assim. É com o passar do tempo que mudamos, evoluímos, crescemos, temos ideias, colocamos elas em prática, atingimos pessoas e provocamos mudanças esperando que elas melhorem o que está por vir.

--

--

Roberta Roth
O Centro

Jornalista, Brasileira e em dúvida. Já deitei no trilho do tram em Amsterdã.