A pressionada “geração belga” é favorita na Copa
Repleta de craques como Hazard e De Bruyne, a seleção ganhou força no cenário internacional nesta década.
Na última Copa do Mundo, a tão falada “Geração Belga” chegou às quartas de final, surpreendendo muita gente e surgindo para o mundo. No entanto, em contraste com grande tradição na cerveja e nas batatas fritas, os Diabos Vermelhos participaram de 12 das 20 edições do maior torneio futebolístico — indo agora para a 13ª. Em metade destas, classificou-se para a segunda fase da competição e teve suas campanhas de maior destaque em 1986 (semi-final) e 2014 (quartas de final) , e em ambas foi eliminada pela Argentina. Sua primeira vitória em Copas do Mundo foi apenas na quinta participação, em 1970, no México.
Além disso, há uma enorme pressão nos belgas para 2018. A seleção atual é considerada a melhor da história dos Diabos Vermelhos e, assim, a pressão por resultados é grande. Após a decepcionante eliminação na Eurocopa 2016, nas quartas de final, contra o País de Gales, a ansiedade só aumentou.
Destaques
Muitos dos jogadores que estão no elenco belga são absolutos destaques em seus clubes. O meia-esquerda Eden Hazard, que já ganhava relevância desde os tempos de Lille — onde foi campeão da Ligue 1 e Copa da França na temporada de 2010–11 — , foi o craque do Chelsea em dois títulos da Premier League (2014–15 e 2016–17), uma Copa da Liga Inglesa (2014–15) e uma Liga Europa da UEFA (2012–13) e ganhou alguns prêmios individuais por isso (melhor jogador da Premier League em 2015 e desde de 2013 aparece na seleção do campeonato). Inclusive, seu irmão, Thorgan Hazard, jogador do Borussia Mönchengladbach, também está constantemente presente nas convocações da seleção.
Além dele, Kevin De Bruyne ganhou repercussão mundial no último ano por ser o melhor jogador de um Manchester City avassalador na Premier League, campeão com 5 rodadas de antecedência — o meio campista teve 8 gols e 15 assistências em 34 jogos e ganhou o prêmio de jogador da partida em 8 deles.
A Bélgica também conta com o goleiro Thibaut Cortouis (ex-Atlético de Madrid, hoje no Chelsea), os zagueiros Vincent Kompany (multicampeão com o City), Jan Verthonghen e Toby Alderweireld (ambos do Tottenham), os meio campistas Radja Nainggolan (Roma), Marouane Fellaini (Manchester United), Dembelé (Tottenham), Carrasco (ex-Atlético de Madrid, atualmente no Dalian Yifang, na China) e os atacantes Mirallas (Olympiacos), Michy Batshuayi (Borussia Dortmund), Mertens (Napoli) e Romelu Lukaku (Manchester United).
Ouro olímpico em 1920
O único título da história da seleção belga da futebol foi nas Olimpíadas de 1920, disputadas em Antuérpia, região de Flandres, na Bélgica. A localização foi escolhida devido a uma homenagem do COI (Comitê Olímpico Internacional) realizada devido ao sofrimento do povo belga na Primeira Guerra Mundial. A sede em 1916 seria Berlim, mas os Jogos não ocorreram por conta do conflito que se estendeu até 1919.
A final foi entre Bélgica e Tchecoslováquia e não teve seus 90 minutos devidamente disputados. Aos 43 minutos de jogo, os tchecos abandonaram a partida em protesto contra a arbitragem — com isso, perderam até a possível medalha de prata, pois foram desclassificados do torneio. O jogo estava em 2 a 0 para os belgas, que se sagraram campeões.
A disputa pela medalha de prata, que anteriormente seria pela de bronze, foi entre os Países Baixos e a Espanha, na qual os espanhóis saíram vitoriosos por 3 a 1.
Copa-2018
Assim como em 2014, a Bélgica tem um grupo relativamente tranquilo, enfrentando desta vez Panamá, Inglaterra e Tunísia. Confira as datas:
- 18/06 — Bélgica x Panamá, às 12h, no Olimpíco de Sochi
- 23/06 — Bélgica x Tunísia, às 09h, no Spartak Stadium
- 28/06 — Inglaterra x Bélgica, às 15h, no Estádio de Kaliningrado
*horários de Brasília
