Campanha promove boicote à PUMA por patrocínio a clubes de Israel

A fabricante de materias desportivos é criticada por fornecer uniformes e promover partidas que ocorrem em território ocupado ilegalmente

Dora
O Contra-Ataque
2 min readNov 18, 2023

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Na foto: palestinos protestam em frente à muralha de concreto, em preto os dizeres: “PUMA, dê um salto pelos direitos palestinos — acabe com o patrocínio de times israelenses em terras palestinas”.

Por Dora

O conflito entre palestinos e israelenses se arrasta à décadas, mas a escalada de violência nesse momento é gritante. Por isso a campanha BDS (Boycott, Divestment, Sanctions) — boicote, desinvestimento e sanções, em inglês — pede que a marca abandone seu apoio à times da IFA (Israel Football Association), que comanda o futebol judaico na região.

A BDS (Boycott, Divestment, Sanctions), liderada por palestinos, acredita em promover justiça, liberdade e igualdade através de ações de impacto social e econômico direto aos financiadores da guerra geradas por movimentos coletivos.

Montagem de fotos de pessoas protestando contra a guerra em várias cidades. Em inglês, letreiro com os dizeres: “Nosso esforço coletivo pode ajudar a acabar com o genocídio em Gaza. O poder das pessoas está surgindo e é mais do que necessário, vamos escalonar a pressão!” (Fonte: BDS)

Mais de 200 clubes palestinos já se posicionaram pedindo o fim do apoio da PUMA aos times israelenses, isso seria porque a marca é a principal patrocinadora da Associação Israelense de Futebol (IFA), que comanda a atuação de 6 times dentro de assentamentos ilegalmente criados por Israel dentro de terras palestinas.

Associações, times e atletas palestinos chamam tentam chamar a atenção da PUMA para que pare de patrocinar a Associação Israelense de Futebol

Em 2016, a campanha já denunciava que a FIFA, a entidade máxima do futebol, também estaria custeando partidas em assentamentos israelenses tomados da Palestina e pedia para que cumprissem “suas responsabilidades para com os direitos humanos” e que pedisse “para que sua membra, a IFA, que conduz negócio em território ilegal para mover suas atividades exclusivamente para dentro do território de Israel”.

Na foto: um menino chuta uma bola azul de frente para uma grande muralha. Em vermelho, letreiros dizendo “Diga à FIFA #CartãoVermelhoParaIsrael”, em inglês. E, mais abaixo, “bdsmovement.net/RedCardIsrael”

Em 2021, o Qatar anunciou que não iria revovar seu contrato com a PUMA por conta da pressão local e internacional sobre o caso.

Até o momento, o conflito já matou ao menos 10.022 Palestinos, incluindos 4.104 crianças.

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