PODCAST: A base vem tão forte assim? com Arthur Sales
Por Sofia Aguiar
Antes que um jogador brilhe nos gramados pelo profissional, ele passa por um trabalho cansativo nas categorias de base. Mas como esses futuros jogadores têm sido preparados para o mundo do futebol? Que tipo de atletas estamos criando? Existe alguma preocupação com a formação do ser humano?
No OCA#24, convidamos Arthur Sales, jornalista e criador do site Indústria de Base, para nos ajudar a debater um pouquinho sobre como os direitos dessas crianças e adolescentes são garantidos (ou se, realmente, são garantidos) e a mentalidade desse mercado da base.
“Como jovens, eles têm maior potencial de valorização, então, o que se vê nas categorias de base do Brasil e do mundo é esse enquadramento do jogador como ativo do clube e, no final das contas, como uma mercadoria." — Arthur Sales.
Nem sempre os centros de treinamentos desses meninos e meninas é seguro e de qualidade. Abordamos com Sales a ideia de que o talento e o dom de uma criança não se desenvolve em um espaço precário:
"Messi só foi Messi e Pelé só foi Pelé por conta do ambiente que proporcionou com que eles se desenvolvessem".
Além disso, conversamos sobre o caso repugnante da tragédia no Ninho do Urubu e como a instituição do Flamengo e do futebol brasileiro lidaram com descaso às vidas perdidas desses meninos.
“Talvez seja o acontecimento mais marcante na história do Flamengo do que um título mundial ou qualquer outro título”.
Discutir de que forma são tratadas as crianças nas categorias de base e como seus direitos são assegurados não é um assunto que deve ser voltado apenas para o mundo do futebol, pois é sim, um assunto de interesse público.
Pessoas não são produtos, muito menos crianças.
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Confira as dicas culturais do OCA#24:
Mesa: Gabre Paes, Lucas MAO, Maria Tereza
Convidado: Arthur Sales
Edição final: Giovana Guedes
